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Mais Médicos tem mais de 3,3 mil novos inscritos e site sofre ataques, diz ministério

Por G1

O Ministério da Saúde divulgou um novo balanço no início da tarde desta quarta-feira (21): o número de inscrições no Mais Médicos chegou a 3.336 nas primeiras três horas de abertura do sistema. A nota também informa que o site sofreu “ataques que se mantiveram ao longo da manhã”.

O novo edital do programa foi lançado sete dias após Cuba anunciar a saída do convênio após declarações ‘ameaçadoras’ de Bolsonaro. O chamado do governo federal abre 8.517 vagas em quase 3 mil municípios e 34 distritos indígenas. O salário é de R$ 11.800. Podem se candidatar os médicos brasileiros com CRM Brasil ou com diploma revalidado no país.

Instabilidade no site
Desde a abertura do cadastramento na manhã desta quarta-feira, o site do Mais Médicos passou a apresentar instabilidade – mais de 1 milhão de acessos simultâneos foram registrados, volume que “é característico de ataques cibernéticos”, de acordo com a pasta.

O Ministério da Saúde disse que, mesmo com essa instabilidade, o sistema recebeu mais de 3 mil inscrições. A nota informou, ainda, que o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (SUS), em conjunto com a Embratel, está trabalhando para isolar “os ataques que se mantiveram ao longo de toda a manhã, além de outras ações para estabilidade e performance do site”.

Volta dos cubanos
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) comunicou que cinco voos para Havana estão previstos para quinta-feira (22), sexta-feira (23) e sábado (24), levando de volta médicos cubanos participantes do Mais Médicos. A previsão é de que, até o dia 12 de dezembro, todos os mais de oito mil médicos que estão no Brasil voltem para Cuba.

De acordo com a Opas, “alguns dos profissionais da cooperação internacional já começaram a sair dos municípios em direção aos respectivos polos de saída de voo.” O comunicado não diz de que cidades ou aeroportos esses voos deixarão o Brasil.

No último dia 14, Cuba decidiu encerrar a participação no programa, citando “referências diretas, depreciativas e ameaçadoras” feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro à presença dos médicos cubanos no Brasil. Desde 2013, o país envia profissionais ao Brasil com intermediação da Opas, para atender pessoas em regiões sem cobertura médica.

Mais Médicos
Foi criado em julho de 2013 para ampliar o atendimento médico principalmente em regiões mais carentes.
Em agosto de 2013, fechado acordo com a Opas para participação de médicos cubanos.

Participação de brasileiros formados no Brasil aumentou 38% entre 2016 e 2017, de acordo com o Ministério da Saúde.

Programa tem 18.240 vagas em mais de 4 mil municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).
Atende cerca de 63 milhões de brasileiros, de acordo com o Ministério da Saúde.

Participação de cubanos no programa tinha sido renovada no início deste ano por mais cinco anos.
Levantamento do governo divulgado em 2016 apontou que o programa é responsável por 48% das equipes de Atenção Básica em municípios com até 10 mil habitantes.

Em 1.100 municípios atendido pelo programa, o Mais Médicos representava 100% da cobertura de Atenção Básica, de acordo com dados divulgados em 2016.


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