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Bolsonaro sugere nomes do DEM para compor eventual governo

JC Online

O candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) sinalizou que, caso eleito, eventuais nomes para compor o primeiro escalão de seu governo viriam do DEM.

Além de Onyx Lorenzoni (DEM-RS), já apresentado como eventual ministro da Casa Civil, outros nomes da sigla estão sendo cotados para assumir cargos no seu possível governo. Dois deles são deputados que não se reelegeram: Alberto Fraga (DF), atual líder da ‘bancada da bala’ no Congresso, e Pauderney Avelino (AM).

Os nomes foram ventilados por Bolsonaro em encontro realizado na última terça (23), com 32 representantes da Frente Parlamentar da Segurança Pública, segundo informações do jornal Estado de S. Paulo. Ao longo de sua campanha, uma das promessas de Bolsonaro era formar uma equipe de governo livre de interferências partidárias.

Ainda sem conversas formais
Os deputados, por sua vez, negam que existam conversas formais em andamento com o DEM para composição do governo, mas afirmam que há uma “identificação pessoal” de Bolsonaro com os integrantes da legenda e com o programa conservador do partido.

Alberto Fraga foi indicado pelo ex-militar como possível “coordenador” da base aliada – papel atualmente do ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência – durante encontro com parlamentares no Rio. “Anuncio aqui que quem vai coordenar a bancada, lá do Planalto, vai ser o Fraga”, disse Bolsonaro, em meio a risos e aplausos. Fraga, por sua vez, negou ter recebido convite formal e disse ter se surpreendido com a declaração, que chamou de “comentário despretensioso”.

Já quanto a Pauderney Avelino, Bolsonaro afirmou, em vídeo ao lado do político do DEM, que “ele [Pauderney] fará parte, com toda certeza, do nosso governo, e fará intermediação com esse Estado próspero e maravilhoso (Amazonas), mas que precisa de alguns reparos, para que vocês possam, na economia e em outras áreas também, crescer na região”.

Questionado, Pauderney disse preferir aguardar o resultado das eleições antes de uma definição sobre seu eventual cargo. “Acho que posso, sim, fazer parte (de um eventual governo Bolsonaro)”, disse ao Estadão.

Além deles, entre outros nomes que despertam interesse em seguir no governo está o de Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente da Câmara, que busca se manter no comando da Casa. Mendonça Filho (PE), ex-ministro da Educação do governo Temer e derrotado na disputa pelo Senado, também é cotado para voltar à Esplanada.

No segundo turno, o DEM liberou os filiados para apoiar quem acharem melhor. Historicamente, no entanto, o partido sempre fez oposição ao PT.


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