Com a decisão do Diretório Estadual do PT de jogar a definição sobre candidatura própria ou aliança com o PSB para junho, uma pergunta que ficou é que se o grupo “Pernambucano quer mudar” poderia esperar o resultado do encontro da cúpula petista para anunciar a sua chapa majoritária.
Um dos líderes da frente de oposição ao governador Paulo Câmara, o senador e pré-candidato ao governo do Estado Armando Monteiro Neto (PTB) rejeita a ideia de postergar ainda mais a decisão do grupo em função do posicionamento do PT. Segundo o parlamentar, a definição da chapa “não está longe”, mas evita fixar uma data, citando o adiamento ocorrido e a “cobrança” constante pela decisão.
“Nosso prazo não é condicionado à posição do PT”, disse o Armando, que complementou dizendo que o grupo segue um “calendário político que amadurece”, que está aberto a “novos partidos que podem se integrar à frente”. O petebista lembrou que os partidos têm até julho, quando serão realizadas as convenções, para a definirem os candidatos.
Ainda de acordo com o senador, mesmo que o PT decidisse sobre a sua posição, isso “não significaria fazer qualquer anúncio” sobre a chapa do grupo de oposição. A frente calcula que uma candidatura própria petista seria fundamental para levar o pleito de outubro para o segundo turno. A vereadora Marília Arraes desponta como o nome que pode disputar o Palácio das Princesas se a sua sigla decidir assim em junho. Além dela, são pré-candidatos do partido o deputado estadual Odacy Amorim e o militante José de Oliveira.
Entre os partidos que podem se juntar ao grupo – composto pelo PTB, PSDB, DEM, Podemos, PRB, PV e PRTB – está o PSC, do deputado estadual André Ferreira. Ferreira é pré-candidato ao Senado e não abre mão dessa postulação. O parlamentar vêm conversando com Paulo Câmara, que por outro lado já tem o nome do deputado federal Jarbas Vasconcelos em uma das vagas na Frente Popular. O senador Humberto Costa desponta como o ocupante da segunda vaga para concorrer à reeleição se o PT se juntar ao palanque do governador.
Já no grupo “Pernambuco quer mudar”, só um dos integrantes da frente se declara como pré-candidato ao Senado o advogado Antônio Campos (Podemos). Segundo Armando Monteiro, ele mesmo poderá ocupar uma das vagas e tentar a reeleição para a Casa Alta. “Posso estar eventualmente em uma outra posição. Sim, eu posso (concorrer ao Senado)”, disse.
Chapa proporcional
Na avaliação de Armando Monteiro, não há prejuízo nenhum para a formação das chapas proporcionais com a indefinição da chapa majoritária do grupo. Ele reforça que todos estão sendo “integrados no processo” na criação de uma “candidatura sólida”.(Blog de Jamildo)