Blog da Folha
Ainda patinando nas pesquisas de intenção de voto, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), deve insistir em obter o apoio do PSB em Pernambuco. É a leitura feita pelo seu vice-governador, Márcio França. “Não tenho insistido com a história de (aliança com o PSDB) em São Paulo. O PSDB deve fazer movimentos nacionais, gestos em direção ao PSB, em estados onde já governamos. O principal é Pernambuco”, diz.
Em São Paulo, o apoio do socialista ao projeto presidencial de Alckmin é incondicional, mas como o PSB é uma agremiação visivelmente dividida entre as lideranças de Márcio França e do presidente da sigla, Carlos Siqueira (que representa o grupo pernambucano), é preciso que os tucanos intensifiquem a articulação para contemplar o Nordeste.
“Hoje nós temos o Ceará com a candidatura do Ciro Gomes (PDT) e a Bahia pró-Jaques Wagner (PT) – contando que o ex-presidente Lula não terá chance de disputar. O único estado onde há espaço para o PSDB é Pernambuco”, analisa, alertando que Alckmin já está ciente da importância da região para o seu projeto.
Líder do PSDB na Câmara, o deputado federal paulista Ricardo Trípoli afirma que não há possibilidade do partido não lançar candidato ao governo do Estado. Todavia, certo de sua candidatura ao Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, Márcio França parece não fazer mais questão do apoio tucano para disputar o governo, afirmando que já conquistou tempo de rádio e TV suficiente. Por outro lado, Trípoli concorda que a costura de apoios deve mirar a ampliação da capilaridade tucana.
Na coluna Painel surgiu a informação de que alguns tucanos falavam em candidatura única para São Paulo, tendo França como opção. Secretários de Alckmin já sinalizaram um apoio a França, mas o vice-governador se diz cético. “É difícil avaliar. Vai todo mundo seguir o que o governador disser”.