Alienados, um desastre mundial!
Um indivíduo alheio aos acontecimentos é como alguém que dorme profundamente durante um longo período. È um perigoso sono! È semelhante a quem produz algo sem saber sua real utilização. Os alienados são como folhas levadas pelo vento aos mais estranhos e distantes lugares.
Uma das principais fontes que contribuem para essa triste realidade é uma boa parcela de mercenários que dominam os meios de comunicação editando e “escolhendo” quais matérias serão divulgadas. Infelizmente, esquecem a ética, prevalecendo a “conveniência” dos patrocinadores. O que realmente interessa pra esse pessoal são os índices de audiência, mesmo que para isso necessite de “misteriosas alterações” em sua grade de programação. Hoje, muitos jornalistas já mostram claramente imensa dificuldade em noticiar apenas a verdade, atrofiando o já frágil crescimento político e sociocultural do público.
Gostaríamos que a mídia, repercutisse com maior atenção as premiações, por exemplo, do prêmio Nobel de Medicina 2017, ganho por Jeffrey C. Hall, Michael Rosbash e Michael W. Yong; esses três americanos desenvolveram pesquisas sobre o funcionamento do relógio biológico interno dos seres vivos; torcemos para que essa mesma imprensa fale sobre o Nobel da Paz 2017, ganho pela ICAN, uma organização não governamental, com cerca de 100 países, que defendeu o desarmamento gradual das, aproximadamente, 15.000 armas nucleares em poder das grandes potências. Assim, quem sabe essa dominada platéia não repetiria os 77 por cento dados à novela Selva de Pedra, de Janete Clair, em 1972 e audiência igual para assistirem o capítulo final da novela América, de Glória Perez, em 2005, onde aguardavam, pasmem, o tão esperado beijo entre os atores Bruno Gagliasso e Erom Cordeiro.
Será que as instituições tradicionais estão perdendo todo o seu potencial para combater os poderosos da mídia? Afinal, o que vemos, hoje, é uma escola que não ensina uma igreja que não catequiza e um punhado de partidos políticos fazendo “besteiras”. Caso não nos manifestemos, seremos condenados por nossos filhos e netos a pagar um preço muito caro, porque como disse Renato Russo “A juventude está sozinha / Não há ninguém para ajudar / A explicar por que é que o mundo / É este desastre que aí está.”
Conscientemente,
CARLOS MOURA GOMES – Gravatá, dez/2017