Aconteceu na manhã de ontem (22), na Câmara de Vereadores, uma importante palestra para debater a importância da prevenção e combate ao suicídio. Promovida pela Secretaria de Saúde de Serra Talhada, através da Gerência de Saúde Mental, a palestra faz parte da Campanha Setembro Amarelo, movimento nacional que chama atenção para os altos índices de suicídios no país e vem sendo trabalhada no município durante todo esse mês de setembro.
Com o tema “Compartilhe a vida. Diga não ao suicídio”, a palestra reuniu diversos segmentos sociais do município de Serra Talhada como profissionais da área de saúde e assistência social, estudantes, professores e população em geral. A discussão foi facilitada pela psicóloga e psicanalista Valdiza Soares, coordenadora de Atenção à Saúde Mental Infanto-Juvenil do Estado de Pernambuco.
“Esse é um problema de todos, não somente da saúde. As faixas mais críticas são de 19 a 29 anos e dos 70 anos adiante, e a prevenção precisa ser feita de forma maciça, com participação das redes de atendimento, das escolas, envolvendo as famílias, principalmente nesse cenário atual que é muito conservador e desagregador, fazendo o movimento contrário de calar o sujeito, quando as pessoas deixam de socializar e esse vazio geralmente leva ao sofrimento e muitas vezes ao suicídio, que vem aumentando a cada dia, tanto as tentativas quanto à consumação do problema”, alerta a psicóloga.
A Gerente de Saúde Mental do município, Soraya Carvalho, destaca a importância da campanha. “Estamos fazendo esse trabalho de conscientização da população e dos profissionais de saúde sobre a necessidade de falar de suicídio, uma vez que a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo, sendo 32 casos no Brasil a cada dia, são dados alarmantes que estão superando as mortes provocadas por AIDS e câncer, por exemplo”, comenta Soraya que destaca ainda a rede de atendimento em Serra Talhada.
“Prevenir é o nosso desafio, e buscamos fazer isso através de nossos serviços, começando pela Atenção Básica que é a porta de entrada através dos PSFs, mas temos ainda três CAPS, ambulatórios de psiquiatria e psicologia, equipes do NASF, clínica-escola pertencente a AESET, além da rede de assistência social que tem vários equipamentos e serviços de acompanhamento e acolhimento no município”, conclui.