ELEIÇÕES 2018: COMO E COM QUEM ESTARÁ O PT?
Na verdade qualquer prognóstico é mera especulação diante do cenário atual. Mas tudo depende se Lula vem ou não candidato a presidente. As definições regionais passarão obrigatoriamente pelo cenário e disputa nacional que se montará.
Em Lula sendo o candidato do PT, a presidente, obrigatoriamente para fortalecer o palanque nacional, terá que montar e reforçar os palanques regionais, e com isso poderá levar a alianças e apoios que poderão não agradar a uma parcela da militância de esquerda aqui em Pernambuco. A verdade é que Lula não conseguirá se eleger sem as chamadas alianças indesejadas da esquerda puro sangue.
Em Pernambuco, o PT e Lula terão três possíveis cenários:
1) O palanque do PT terá candidatura própria e o nome será da vereadora do Recife MARÍLIA ARRAES. É o nome que tem tudo para crescer, sendo Lula o candidato a presidente, pois vai atrair muitos eleitores do Lulismo, ainda muito forte no Estado. Além do que é uma candidata preparada e terá um palanque com grandes oradores. Tem nome tradicional na política e também atrairá antigos eleitores de Arraes, pois ser neta e carregar o sobre nome do mito. Também tem um polido discurso, e por fim não tem desgate político e pode ser uma alternativa para quem não quer votar nesses candidatos tradicionais. Marilia não perderá nada com a disputa, ainda que não se eleja, continuará com o mandato de Vereadora do Recife, e terá disputado uma majoritária estadual e se tornará bastante conhecida. Com certeza sairá maior do que entrou no processo;
2) Aliança com o grupo do senador do PTB, Armando Monteiro, que hoje atira para todos lados, fazendo conversas políticas com inúmeros seguimentos principalmente da ala golpista, indo na direção do PSDB e DEM, com os Ministros Bruno Araújo e Mendoncinha. Ainda essa semana esteve em Petrolina com o também Senador Fernando Bezerra Coelho e o filho deste, Miguel Coelho, Prefeito daquela cidade. Isso por outro lado, tem criado uma antipatia muito grande da militância das esquerdas, principalmente porque esse time tem votado nas propostas do governo Temer, como a reforma trabalhista, e tem indicado nomes do grupo político do PTB para assumir cargos federais do alto escalão;
3) Aliança com o PSB do governador Paulo Câmara, caso esse se afaste do PSDB de São Paulo e de Minas Gerais. Não se pode negar que o PSB é um importante aliado a nível nacional, além do que já estiveram juntos por muitas eleições e somente se afastando na última quando Eduardo Campos se lançou candidato a presidente da república. É evidente que havendo essa aproximação do PSB nacional com Lula, aqui em Pernambuco eles cobrarão apoio e aliança ao atual governador.
Enfim, essas duas últimas possibilidades não é o cenário desejado por nenhuma ala esquerdista. Pelo contrário, alguns ameaçam até abandonar o partido, mas se sabe que para eleger Lula em 2002 foram necessárias muitas alianças nacionais que nem se sonhavam que acontecesse.
Não há definições até o presente momento. Todo mundo está andando. Havendo sim muitas possibilidades.
Por: Luciano Pacheco