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DIALOGANDO COM LUCIANO PACHECO

CONDENAÇÃO DE LULA É UMA SENTENÇA POLÍTICA

O Brasil voltou toda a sua atenção para a sentença do Juiz Sérgio Moro no último dia 12.07.2017. Essa data ficará marcada na história do País, pois afinal de contas foi a condenação de um ex-presidente da república.

A condenação já era algo esperado vindo do Juiz Moro. Tudo que ele fez e ele autorizou em desfavor de Lula, desde a condução coercitiva até as audiências que paravam o País, principalmente o interrogatório de Lula, onde este se saiu muito bem, pois uma condenação já era prevista, até porque se absolvesse Lula ficaria desmoralizado diante de tudo que fez com o poder da caneta.

Contudo, por trás dessa condenação tem muito mais do que uma decisão jurídica. Na verdade é uma decisão política, pois é o início de uma estratégia para deixá-lo fora da disputa eleitoral de 2018, principalmente porque LULA vem em curva ascendente nas pesquisas de intenção de voto. Na visão de seus adversários nada o seguraria senão uma decisão condenatória para torná-lo inelegível.

Por outro lado, a data da sentença (12.07.2017) foi um dia após a aprovação da reforma trabalhista, que retira direitos dos trabalhadores, isso para desviar a atenção da população quanto aos pontos da reforma e voltar todos os holofotes para a condenação do Lula.

Também por coincidência, um dia após a condenação do Lula, com intensas manobras orientadas pelo governo federal para trocar integrantes, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados rejeitou na quinta-feira (13), por 40 votos a 25 (e 1 abstenção), o parecer do relator Sergio Zveiter (PMDB-RJ), que era a favor da autorização de que a denúncia por corrupção contra o presidente Michel Temer (PMDB) pudesse ser julgada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) se absteve na votação. Também, na CCJ, foi aprovado novo parecer pelo arquivamento da queixa do procurador geral de Justiça contra o presidente Michel Temer. Muitos foram os artifícios do governo para esse sucesso na CCJ, chegando a substituir mais de 35 membros da comissão para favorecer o governo. E tudo isso passou no esquecimento porque a bola da vez era a condenação do Lula.

O ex-presidente Lula um dia após a condenação falou em público e disse que sua condenação fazia parte do golpe. Não teria sentido ter iniciado o golpe e depois de tudo que aconteceu, permitir que o PT e o ex-presidente voltasse eleito com o voto popular e reassumisse os destinos no nosso País.

A decisão do Juiz de primeiro grau é uma decisão política, esquecendo ele que LULA sabe fazer política mais do ele, pois pegou a decisão do Moro e virou ao averso e habilidosamente usou o Moro e transformou tal sentença em seu favor atacando ponto a ponto e diante da mídia lançou-se candidato a presidente da república.

Com a sentença Lula será ou não candidato? Muita água vai rolar e é pouco provável que esse julgamento final, após sucessivos recursos, se dê antes da campanha eleitoral, até porque o MPF também apelou da decisão de piso. O apito final é do STF, órgão eminentemente político.

Por: Luciano Pacheco

 


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