Terminou ontem (28), em Brasília, no Estádio Nacional Mané Garrincha, o IV Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável. O encontro é uma iniciativa da Frente Nacional dos Prefeitos, entidade que reúne Capitais de Estados e, principalmente, municípios com mais de 100 mil habitantes.
O objetivo do encontro é estabelecer um intercâmbio de informações e boas práticas, com o intuito de fortalecer e organizar as propostas de melhoria e aperfeiçoamento das gestões municipais, a partir de agendas propositivas de desenvolvimento local sustentável. O SEBRAE é parceiro do evento.
Afogados da Ingazeira foi representada pela Secretária de Administração, Flaviana Rosa. O tema central foi “Reinventar o financiamento e a governança das cidades” e os debates foram norteados pelos seguintes eixos:
• Serviços e políticas públicas como direitos da cidadania;
• Cidades inteligentes, inovadoras, democráticas e transparentes;
• Direito à Cidade;
• Repactuação federativa, consórcios e desenvolvimento regional;
• Qualidade e eficiência na gestão pública;
• Agenda urbana global e mudanças climáticas;
• Incentivo à economia local, empreendedorismo, emprego, trabalho e renda.
Durante o evento foi apresentado o projeto “Ruas Completas”, que tem como proposta fazer um recorte de uma rua considerada ideal, com uma mostra de pavimentação, acessibilidade, mobilidade e calçadas. Alguns dos conceitos do projeto serão aproveitados na reforma e requalificação da Avenida Rio Branco, em Afogados.
“Independente do tamanho, os municípios tem problemas comuns e que podem ter soluções comuns, viabilizadas de forma consorciada. A mobilidade e a geração de oportunidades são dois dos maiores desafios,” destacou a Secretária de Administração, Flaviana Rosa.
A diretora de Relações Estratégicas do WRI Brasil, Rejane Fernandes, acredita que o segredo para o sucesso de uma boa rua é acertar no foco. “É preciso haver equilíbrio, mas o foco deve ser sempre as pessoas. Elas devem ser as protagonistas de uma rua completa.” Para ela, a ideia de fechar ruas para carros e abrir somente para os pedestres pode ser atrativa para todos. “A maioria dos comerciantes acredita que o lucro maior vem de uma rua onde há grande movimentação de carros, e não é bem assim. Há ruas abertas somente para pedestres em Nova York, por exemplo, e que são lucrativas. Precisamos devolver as cidades para as pessoas”, garante a diretora. No Centro do Recife há exemplos concretos disso, como as Ruas Imperatriz, Nova e Duque de Caxias, que são exclusivas para pedestres e que possuem intensa atividade comercial.
O WRI Brasil é uma organização sem fins lucrativos, focada em pesquisa e aplicação de metodologias, estratégias e ferramentas voltadas às áreas de clima, florestas e cidades.
Números do encontro – 1.089 municípios representados, 8.775 participantes, 426 Prefeitos e Vices, 200 instituições, 85 mesas de debates e 211 boas práticas apresentadas.