O 8 de Março – Dia Internacional da Mulher – não é um dia de festa, mas de luta e resistência. A data traz, em sua essência, a força da mulher ao colocar em pauta, todos os dias, os seus direitos. A partir dessa reflexão, o Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) de Pernambuco decidiu, neste mês, debater, em diferentes espaços, o tema da Reforma da Previdência. Isso por perceber que essa é uma discussão fundamental para as mulheres, pois elas serão as mais atingidas pelas propostas apresentadas pelo (des)governo Temer.
A diretora de Política para as Mulheres da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape), Maria Jenusi Marques, pontua que esse é mais um momento importante para as trabalhadoras mostrarem sua grandeza e sua força. “Se essa Reforma passar como está sendo proposta, as mulheres serão extremamente prejudicadas. Eles estão querendo elevar a idade mínima da aposentadoria, para as mulheres, de 55 anos para 65, desconsiderando a dupla jornada dessas trabalhadoras; também vão aumentar o tempo de contribuição de 15 para 25 anos; além de não permitirem que benefícios sejam acumulados”, explica.
Por isso, em dezenas de municípios do estado, os Sindicatos dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais (STTRs) filiados à Fetape estarão realizando , em parceria com diferentes organizações do campo e da cidade,uma série de ações, entre as quais caminhadas, audiências públicas, debates, abaixo-assinados, colocando na pauta social das três regiões, a ameaça que Reforma da Previdência representa para a vida das mulheres.
O objetivo é fazer ecoar o grito: “NÃO À REFORMA DA PREVIDÊNCIA”. Para o MSTTR, se essas propostas forem aprovadas como o Governo Federal está querendo, a produção de alimentos e a economia dos municípios sofrerão um grande impacto, pois a aposentadoria rural é a maior responsável pela circulação dos recursos que possibilitam o desenvolvimento das cidades do interior.