Investigado como dono do avião que caiu e matou o ex-governador Eduardo Campos (PSB), em 2014, o empresário Apolo Vieira Santana, já se sabe, negocia acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) depois de ser alvo da Operação Turbulência. Mas, apesar da Turbulência investigar suposto esquema que envolveu o PSB e campanhas de Eduardo, Apolo chegou a ter pedido de prisão decretado em fevereiro pelo juiz Sérgio Moro em outra operação, a Blackout, que mirou o PMDB. O empresário só não foi preso justamente por negociar a delação. Mas foi na Blackout que a Receita Federal levantou e relacionou bens declarados e não declarados do empresário, entre eles uma cobertura de 508 metros quadrados na famosa Praia da Paiva, no Cabo de Santo Agostinho.
Entre os bens não declarados de Apolo há carros de luxo e a cobertura em um dos cartões postais da Região Metropolitana do Recife: a Praia do Paiva, também chamado de Reserva do Paiva, um complexo imobiliário de bilhões de reais da construtora Odebrecht. O documento foi revelado nesta sexta (10) no blog do repórter Fausto Macêdo, do Estadão. (Pinga Fogo – JC)