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ESPAÇO DA POESIA

dioMe criei numa ribeira,
Meu transporte era um cavalo,
Meu despertador um galo,
A vestimenta a perneira,
O “Menino da Porteira”
É minha eterna canção,
Só não gosto é do refrão,
Onde o boi mata o menino,
SOU APENAS TANGERINO,
BOIADEIRO É MEU PATRÃO.

No tronco da seringueira,
Quando a moto serra vai,
O pau é forte mas sente,
O leite é branco, mas sai,
A madeira tomba verde,
Mas seca depois que cai.

Raimundo Nonato.


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