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ESPAÇO DO INTERNAUTA

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A violência dos violentos

As Organizações Mundiais que estudam esse tão delicado assunto, dizem que a violência é a imposição de um grau significativo de dor e sofrimento evitáveis. Os sociólogos afirmam que corremos o risco de sermos vítimas de vários tipos de violência. Os juristas lembram a existência da violência dolosa, violência culposa, violência preterintencional; e ainda, afirmam que a violência é o uso abusivo ou injusto do poder. O Atlas da Violência 2016, tristemente, aponta que em cada dez vítimas de violência letal no mundo, uma está no Brasil. Mesmo assim, segundo as previsões das mais famosas universidades, há evidências de que a violência pode ser evitada por uma série de medidas envolvendo indivíduos, famílias e comunidades.

Os relatórios apresentados por entidades religiosas, civis e militares apontam que mais de 1,6 milhões de pessoas morrem vítimas da violência em todo o mundo. Por isso pedem aos governos que tomem providências imediatas visando reduzir esses números que incluem assassinatos, violência doméstica e guerras armadas, por razões, muitas vezes injustificáveis.

No último dia 19 de outubro de 2016, a emissora de maior audiência da América Latina, mostrou a violenta luta entre Ryan Bader contra Rogério Minotauro, onde o brasileiro ficou com o rosto totalmente deformado pelos potentes socos, deixando um rio de sangue no ringue, ou seja, no “campo de guerra”. Infelizmente, modalidades agressivas e muitas vezes mortais, como MMA, UFC e até o boxe são simpáticas aos “olhos gananciosos” da mídia, aos “olhos de serpente” do Comitê Olímpico Internacional e, aos “olhos estrábicos” da Justiça, essa mesma Corte que em outubro passado, através do Supremo Tribunal Federal julgou inconstitucional a lei estadual cearense que regulamentava a vaquejada como prática desportiva e cultural, proibindo assim a mais tradicional festa dos nordestinos.

Diante de tamanho contrassenso, fico na dúvida sobre a imparcialidade da justiça representada pela venda no rosto; não sei se a balança que deveria indicar equilíbrio e ponderação está auferida pelas mentes sóbrias dos magistrados; já não posso confiar na força da espada que determina o cumprimento das decisões judiciais; porém, acredito em Pedro que no capítulo 3, diz que os humanos da atualidade esperam o dia do julgamento e da destruição das pessoas violentas e da violência.
Imparcialmente,

CARLOS MOURA GOMES
Nov/2016


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