A conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Teresa Duere, colocou em xeque o modelo de governo do PSB à frente do governo estadual. Em entrevista à Rádio Jornal nesta quinta-feira (28), ela questionou iniciativas que envolvem as administrações de Eduardo Campos, falecido em agosto de 2014, João Lyra Neto, hoje no PSDB, e Paulo Câmara, atual governador. “Chamo a atenção que a situação do Estado é preocupante e tem que se rever esse modelo de Estado que não deu certo”.
De acordo com Teresa Duere, o TCE-PE, órgão ao qual Paulo Câmara era vinculado antes de se eleger governador, irá investigar ações nas áreas de Educação e Saúde. “Em 2014, o Estado repassou R$ 43 milhões para as gerências regionais de Educação e elas simplemente não prestaram contas de R$ 24 milhões. Vai ficar por isso mesmo? Por que foi? Não gastou esse dinheiro? Gastou? O que aconteceu?”, questionou.
Ainda segundo a conselheira, é preciso que o TCE-PE tenha uma olhar atento às organizações da sociedade civil (OSS e Oscips) que administram UPAs, UPAEs e hospitais e subvenções enviadas a entidades privadas.
“Na hora em que somei o que se paga às OSS de Saúde, o que é pago às OSS que não são de saúde, uma das maiores é a Ceasa, e as subvenções sociais que foram dadas de uma forma absurda em 2014, dá quase R$ 1,2 bilhão. Aos hospitais públicos, coube R$ 311 milhões. É preciso saber onde foi gasto, como foi gasto, se é isso mesmo que foi gasto. Inclusive, é necessário uma atenção especial para equipamentos e leitos no interior porque não adianta melhorar a estrutura na Região Metropolitana do Recife e deixar o Interior sem equipamento e leitos”, falou.(JC ONLINE)