A Polícia Civil deixou o motel onde estava o corpo do empresário Paulo César de Barros Morato, foragido da Operação Turbulência, sem dar informações à imprensa. Estavam no local a delegada do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Gleide Ângelo, e a perita Vanja Coelho. As duas são consideradas parte da “elite” da Polícia Civil do Estado. O corpo foi removido do local por volta das 22h40.
A delegada deixou o local com um pacote na mão, sem informar o conteúdo. Informou à imprensa que não poderia conceder nenhuma entrevista nesta quarta (22) sobre o assunto. A perita também comunicou a mesma coisa.
No entanto, a reportagem do JC apurou que, com o corpo de Paulo César Morato, foi encontrada uma quantia em dinheiro, o que pode indicar que ele estava se preparando para fugir. O valor não foi informado.
O corpo também foi encontrado urinado e defecado, indícios de que ele tenha sofrido um ataque cardíaco. Funcionários do motel chamaram a Polícia.
Morato é apontado pela Polícia Federal de ser o proprietário da empresa de terraplenagem Câmara & Vasconcelos, acusada de lavagem de dinheiro e com participação da compra do avião do Cessna Citation PR-AFA, que servia de transporte do ex-governador Eduardo Campos (PSB) durante a campanha presidencial de 2014. (JC Online)