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SINDICATO DOS BANCÁRIOS VAI PROCESSAR O BANCO SANTANDER NO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

SINDICAO Sindicato dos Bancários de Pernambuco vai processar o Banco Santander no MPT (Ministério Público do Trabalho) pela demissão do bancário Faraday do Rego Barreto Júnior e de sua esposa, também funcionária da instituição financeira. Faraday foi demitido “por justa causa” mesmo tendo sido vítima de um sequestro seguido de assalto a agência do Santander do Cabo de Santo Agostinho em outubro do ano passado.

Faraday falou hoje com a imprensa e relatou o terror pessoal pelo qual passou no momento do assalto, assim como o drama pessoal que tem passado porque foi demitido meses depois de sofrer o sequestro. Desde o ocorrido, o bancário está em tratamento psicológico. “Depois de 10 anos de prestação de serviço ao banco, na hora que eu mais precisei da empresa, fui abandonado”, disse.

O Sindicato dos Bancários fez um protesto no último dia 25 de abril em frente à agência do Santander da Avenida Domingos Ferreira, em Boa Viagem, onde também se encontra a gerência regional da empresa.

“Queremos vir a público denunciar o Santander para que a sociedade possa ver como eles tratam os funcionários. Como se não bastasse demitir o bancário que foi sequestrado, agora demite também sua esposa como forma de retaliação, prejudicando toda uma família”, disse na entrevista coletiva a presidenta dos Bancários, Suzineide Rodrigues.

Sexta-feira passada, 29 de abril, a esposa de Faraday também foi demitida pelo Santander “por justa causa”. O sindicato não homologou a demissão. Hoje (02), o médico ortopedista do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) deu parecer de afastamento de 30 dias para à bancária por LER (Lesão por Esforço Repetitivo).

“Vamos pedir o cancelamento da demissão e reintegração do trabalhador aos quadros do banco. Desde o mês em que ele foi vítima do sequestro, ele está afastado pelo INSS por benefício acidentário, causado pela atividade laboral”, explica João Rufino, diretor Jurídico dos Bancários.

Rufino também esclarece que os funcionários do Santander são obrigados a assinar um documento “arbitrário” se comprometendo a não entregar valores financeiros a bandidos e acionar a polícia em caso de sequestro. “Ninguém que está com sua família refém de pessoas perigosas vai priorizar o patrimônio do banco. Esse documento do Santander é nulo porque as pessoas assinam por coação”, denuncia.

“É um absurdo o banco achar-se no direito de fazer isso. Vamos promover uma ação civil pública contra o Santander”, completou Suzineide.


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