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PAIS VIVE ENORME EXPECTATIVA DIANTE DA MUDANÇA DE GOVERNO, DIZ TADEU ALENCAR

Com a aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff pelo Senado, nesta quarta-feira (11), o País vive uma enorme expectativa com o governo provisório de Michel Temer, a quem caberá, nos próximos 180 dias, a missão de buscar saídas para as crises política, econômica e social. Vice-líder do PSB na Câmara, o deputado Tadeu Alencar julgou o afastamento da presidente como uma medida “amarga, mas necessária”, e fez um apelo de que o atual momento é de desarmar espíritos e renovar esperanças.

O parlamentar reiterou que o impeachment foi movido pela total falta de comando da presidente na política, na economia e na ética, bem como pela quebra das expectativas dos brasileiros, que dela esperavam as reformas necessárias e urgentes, além do descumprimento de preceitos constitucionais inerentes ao cargo. “A sociedade demandava da presidente soluções para a crise, a inflação e a queda do poder aquisitivo da população, além de políticas públicas efetivas em áreas sensíveis como saúde, educação, emprego. Nada disso foi feito”, disse, acrescentando que os motivos foram debatidos na Câmara, no Senado e também pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que na tarde da quarta-feira (11), em decisão do Ministro Teori Zavascki, considerou o processo como regular e mandou seguir a votação do impedimento.

Tadeu Alencar lembrou ainda que o PSB decidiu, majoritariamente, não ocupar cargos no novo governo, por entender que a colaboração mais importante a ser dada ao País é na forma de propostas que ajudem a amenizar os problemas. “Nesse sentido apresentamos ao presidente Michel Temer o documento intitulado ‘Agenda mínima para o Brasil’, com dez compromissos que entendemos serem necessários e urgentes”, observou.

No documento, assinado pela direção do partido, os socialistas advertem que o peso dos ajustes a serem feitos na economia não podem recair sobre os segmentos mais populares, e cobram questões como a manutenção das conquistas sociais alcançadas pelo Brasil no período democrático, a defesa e promoção dos direitos humanos e a ratificação do Acordo do Clima de Paris. Também defendem amplas reformas política e tributária, a abertura do debate sobre a implementação do parlamentarismo e de um novo federalismo com menor concentração de recursos na União, além da ampliação de práticas relacionadas à transparência e à ética.

“Uma vez que o novo governo sinalize sua disposição de cumprir tais compromissos – que não são uma exigência apenas do PSB, mas uma necessidade do Brasil – não nos furtaremos a colaborar com o presidente Michel Temer, seja no Congresso Nacional, seja junto à sociedade civil, em tudo que for positivo para a reconstrução do nosso País”, observou Tadeu Alencar, completando: “afirmei muitas vezes que Dilma é a crise, mas a crise não é só Dilma. Então, mãos à obra. A hora é de austeridade e de muito trabalho”.


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