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CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

RAFAELPISCA ALERTA

Segundo o canadense David Orrell em “Economitos – Os dez maiores equívocos da economia” foi a estagflação – combinação de altos índices de desemprego e inflação – que mais contribuiu com as quedas de Leonard James Callaghan e de James Earl “Jimmy” Carter, Jr. nos cargos de primeiro ministro britânico e presidente dos Estados Unidos da América.

Como sabemos, em seus lugares assumiram, respectivamente, Margaret Thatcher e Ronald Reagan. Eles trouxeram uma nova ordem econômica que protegia as economias dos seus países e diluía dos demais. O modelo econômico promovido pelos dois líderes, baseado na concepção de estado mínimo e livre comércio, foi utilizado em nosso país em doses homeopáticas ou cavalares nos governos Dilma, Lula, Collor e FHC. Itamar resistiu bravamente.

Tendo presente que nosso país está com sua atividade econômica em estágio de estagflação e que um governo de características progressistas será substituído pelo modelo liberal,: 😮 pisca alerta avisa que nova onda de redução do tamanho do estado pode está nos rondando. Atualmente as únicas riquezas que dispomos para levar ao mercado são o petróleo do pré-sal, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Serão triturados?

Para sair do vermelho o Brasil tem três caminhos: o primeiro é utilizar parte das reservas cambiais; o segundo, ir novamente ao FMI – Fundo Monetário Internacional e pegar um empréstimo e o terceiro reduzir o tamanho do estado para gerar caixa, com privatizações. Minha avaliação é que somente o primeiro está distante do pensamento dos novos governantes.

Ensina-nos o mestre canadense que o efeito da estagflação traz infelicidade para as pessoas e afirma: “Não há nada como a alta dos preços e o risco de perder o emprego para irritar o eleitorado”. Com um cenário deste e com os compromissos assumidos durante o processo de afastamento de Dilma sendo cobrados, não precisamos de muito esforço para percebermos que novos sócios serão incluídos no contrato social do Brasil.

A história será repetida? Os fundamentos defendidos no Consenso de Washington estão de volta? Caso as respostas sejam positivas, resta-nos orar.

Por: Ademar Rafael


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