Nesta segunda-feira (22), a Polícia Civil apresentou o retrato falado do suspeito de Beatriz Angélica Mota, de apenas 7 anos. De acordo com o desenho, o homem seria negro, com aproximadamente 70 quilos e medindo entre 1,65 e 1,70 metros de altura. Os detalhes estão sendo revelados pelo chefe do órgão, Antônio Barros, e o delegado especial à frente do caso, Marceone Ferreira Jacinto.
Beatriz Mota foi morta com 42 facadas na noite de dez de dezembro do ano passado. O corpo dela foi encontrado no interior de uma sala de material esportivo desativada na quadra onde era realizada a festa de formatura do ensino médio no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora. O estabelecimento é um dos mais tradicionais de Petrolina. A irmã mais velha de Beatriz, que cursava o ensino infantil, era uma das formandas e o pai delas, professor de inglês na escola.
Já passaram pelo caso cinco delegados e mais de 80 pessoas prestaram depoimento, além das perícias realizadas. No início das investigações surgiu a informação de que o suspeito era um morador de rua e ex-presidiário. A polícia negou a suspeita e passou a adotar o sigilo, o que deixou os moradores de Petrolina ainda mais apreensivos.
Além dos comentários nas redes sociais, vários protestos foram realizados, inclusive em Juazeiro, na Bahia, onde a família reside. O Disque Denúncia oferece agora R$ 10 mil por informações que levem ao autor do brutal assassinato.
O prefeito de Juazeiro (BA), Isaac Carvalho, encaminhou ao Ministério da Justiça o pedido de que as investigações passem para a Polícia Federal. De acordo com o chefe de comunicação da PF em Pernambuco, Giovani Santoro, o órgão ainda não recebeu nenhum comunicado. Ele explica que, no caso de federalização, todas as informações do inquérito são aproveitasas na nova investigação. Saiba mais na reportagem de Clarissa Siqueira:
Agora pela manhã, a Polícia Federal em Pernambuco fala sobre o caso Beatriz Angélica Mota. Se a investigação for federalizada, o inquérito vai ficar a cargo das equipes da Bahia.
Na última sexta-feira, Sandro Romilton Ferreira e Lúcia Mota, os pais da vítima, conversaram com a presidente Dilma Rousseff. Ela se comprometeu a pedir ao Ministério da Justiça que a Polícia Federal investigue o caso.
O assassinato de Beatriz Angélica Mota foi tema de uma reportagem no programa Fantástico, da Rede Globo, na noite desse domingo (21). Foram veiculadas imagens inéditas da festa de formatura e do momento em que começam as buscas pela menina.
Em depoimento, Sandro Romilton Ferreira, pai de Batriz, afirma que a dor da morte da garota se repete a casa dia. A mãe de beatriz, Lucia Mota, diz que a perda da filha tirou sua força de viver.