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AGNELO E FILIPPELLI SÃO CONSIDERADOS INELEGÍVEIS POR 8 ANOS, DECIDE TRE

agnelo2O ex-governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT) e o vice dele, Tadeu Filippelli (PMDB), foram considerados inelegíveis por oito anos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Por unanimidade, a Corte entendeu que os dois usaram a publicidade do governo para se favorecer nas eleições de 2014. Agnelo e Filippelli também foram multados em R$ 30 mil. A defesa dos políticos informou que vai recorrer da decisão desta quarta-feira (27).

Para o relator do caso, o desembargador José Cruz Macedo, o governo veiculou propagandas com objetivo de beneficiar a chapa de Agnelo, que tentava se reeleger.

“Houve descaracterização da propaganda, que deve ser de utilidade pública, para a promoção pessoal”, disse ao G1. “O governo desvirtuou a propaganda para fazer promoção pessoal em vez de atender ao princípio constitucional de que a propaganda deve ser de utilidade pública.”

O relator afirmou que o orçamento do governo foi direcionado para “enaltecer os atos da gestão”. “A Secretaria de Publicidade, embora tenha ficado dentro dos limites formais da média dos três anos, foi a única secretaria que teve aumento de recurso – ao contrário das outras, que tiveram redução”, afirmou Macedo.

O julgamento do TRE foi motivado por uma ação da coligação União e Força – da qual o ex-candidato Jofran Frejat (PR) fazia parte. A chapa recorreu à Corte por acreditar que a campanha de Agnelo usou a máquina pública para se favorecer.

Um dos exemplos citados pela coligação é o fato de as cadeiras do Estádio Nacional Mané Garrincha serem vermelhas, na mesma cor da bandeira do PT. O tribunal considerou procedente parte da denúncia.

O advogado de Agnelo, Paulo Guimarães, não comentou o entendimento da Corte e declarou que iria recorrer.

Advogado de Filippelli, Herman Barbosa disse considerar o resultado do julgamento “desproporcional”. “A decisão contraria um parecer do próprio MP, que afastou várias daquelas irregularidades. O MP acolheu apenas a que envolve concentração dos gastos com publicidade no período eleitoral, o que não fere a lei”, afirmou Barbosa, ao adiantar que também iria recorrer.


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