As promoções na Polícia Militar e Corpo de Bombeiros de Pernambuco voltam a mobilizar as categorias. Insatisfeitos com o andamento das negociações com o Governo do Estado, militares de várias cidades se reúnem, nesta terça, no Clube Internacional do Recife, na Madalena, Zona Oeste, a partir das 14h. Na pauta, o andamento das discussões sobre o Plano de Cargos e Carreiras (PCC) e um ato público pela morte de 17 PMs em serviço, este ano.
Em fevereiro, após intensa mobilização das categorias, o governo negociou a promoção de 5.485 militares e a formação de um fórum permanente de negociação para discutir o PCC. ‘Mas até agora não houve decisão sobre o assunto e o prazo para que o Estado envie projeto de lei à Assembleia Legislativa é dia 20 de novembro”, destaca o deputado estadual Joel da Harpa, representante da categoria e responsável pelo evento. “Queremos chamar atenção do governo sobre a mobilização da classe e o avanço da violência para dentro da instituição”.
O presidente da Associação de Praças de Pernambuco (Aspra), José Roberto Vieira, lamenta a lentidão das negociações. “Parece que o governo está querendo ganhar tempo. A ideia da assembleia desta terça seria repassar informações sobre uma reunião com o Estado que aconteceria na sexta-feira passada (13), mas foi adiada para a próxima quarta-feira (18). Uma estratégia para desestabilizar a categoria e as associações representativas da classe, que ficam numa situação difícil”, avalia.
Conforme José Roberto, a proposta do governo é estabelecer promoções por merecimento a partir de 2017. “Isso é um absurdo, pois quem tem amizades passa na frente”, salienta. “O Estado também fala em promover, em 2016, algumas escolas de cabos (1994, 1995, 1997 e 1998), mas queremos promoções programadas, por tempo de serviço e para todos os policiais e bombeiros miliares, a começar dos mais antigos”.