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ESPAÇO DA POESIA

dioDurante as cenas da noite,
A lua nasce sorrindo,
O vento enlarguessa o furo,
De um cobertor se puindo,
Numa tipóia de saco,
Que um pagão caiu dormindo.

Matuto que impôs respeito,
Aos doutores graduados,
Com seus repentes tirados
Da caixa preta do peito,
O poeta mais perfeito,
Que vi em cima do chão,
Não vejo na profissão,
Quem assuma o lugar seu,
A POESIA MORREU,
DEPOIS DA MORTE DE JOÃO.

É sanfona, instrumento principal,
Pra quem busca na música a sua meta,
A viola é parceira do poeta,
Vaquejada é esporte original,
A VIOLA me lembra Lourival,
A SANFONA me lembra Gonzagão,
VAQUEJADA me lembra Tadeuzão,
Malassombro dos bois qaendo corria.
É FORRÓ, VAQUEJADA E CANTORIA,
A CULTURA DO POVO DO SERTÃO.

Diomedes Mariano.


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