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CRÔNICA DO ADEMAR RAFAEL

ADEMARSEM ADJETIVO.

Na última semana de outubro-/015, o governo anunciou que a Dívida Pública Federal foi majorada em 1,8% em setembro, chegando a R$ 2,734 trilhões, isto significa que de acordo com a estimativa do IBGE no final daquele mês (205 milhões de brasileiros) cada cidadão deve aos “especuladores” aproximadamente R$ 13 mil.

A lógica que não entra numa cabeça sã é sabermos que quando o governo aumenta a taxa básica de juros, que remunera a roleta russa da especulação, em apenas 0,25% ao ano o impacto no mesmo período em valor nominal é de R$ 6,835 bilhões (2.734 trilhões x 0,0025). Este dinheiro faz muita falta, vejam que o cálculo foi feito sobre elevação de somente 0,25%. No primeiro mandato de Dilma a elevação foi de 1% (10,75 x 11,75), neste mandato cresceu 2,5% (11,75 x 14,25). Observem que o aumento no atual mandato foi dez vezes a taxa considerada para nosso cálculo.

Como o governo não para de emitir títulos públicos e continua elevando a taxa de juros, esta dívida inviabiliza qualquer governo, não há carga tributária que seja suficiente.

O grande problema é assistirmos os guardiões do tesouro afirmarem que a elevação dos juros é para segurar os preços. Esta mentira não vira verdade. A inflação atual é alimentada pelos aumentos sucessivos dos preços controlados (água, luz, telefone, gás, combustíveis, etc.) e pela louca política cambial também bancada pelos mandarins da economia, portanto, neste caso o aumente de juros contribui muito pouco para redução do processo inflacionário.

Em um cenário de desemprego crescente, inadimplência em alta e consumo em queda estimular a poupança via taxa de juros e dar remédio a morto, efeito zero. No entanto, os banqueiros e os especuladores agradecem.

Considerando que no comando da nossa economia não tem inocentes, considerando que os fatores acima narrados são tão reais quanto às derrotas da Seleção Brasileira de Futebol nos últimos certames e considerando a comprovada ineficácia das medidas até aqui adotadas fico com dificuldade para encontrar um adjetivo para qualificar o pessoal do Banco Central, dos Ministérios da Economia e Planejamento.

Na mesma oportunidade que anunciaram a elevação Dívida Pública Federal apresentaram a estimativa para este ano: R$ 2,800 trilhões. Seguindo nesta toada nossa Presidente, graduada em Economia, conseguirá fazer o que a oposição tenta há mais de uma década sem sucesso: Transformar o Partido dos Trabalhadores em uma legenda nanica e acabar com o mito Lula.

As labaredas que Dilma está mantendo acesas costumam, invariavelmente queimar todos em volta, é muito bom ela ficar esperta.

Por: Ademar Rafael


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