Os funcionários terceirizados da Fundação de Patrimônio Artístico e Histórico de Pernambuco – Fundarpe foram surpreendidos, na manhã desta terça-feira (8), com a convocação de uma reunião extraordinária pela empresa contratante Unika para comunicar o rompimento com órgão estadual e que eles estariam entrando em aviso prévio.
Após atrasos no repasses de verba da Secretaria da Fazenda à Fundarpe (e, por conseguinte, às empresas terceirizadas), a Unika resolveu lavar as mãos e romper os contratos com os cerca de 240 terceirizados. “O pessoal da Unika chamou todos os seus funcionários para assinar o aviso prévio. Decidiram demitir todos de uma vez e rescindir o contrato, porque não tem dinheiro para pagar o salário do povo”, afirmou um dos funcionários, que preferiu o anonimato. O terceirizado ainda relatou que nenhum representante do governo foi convidado para a reunião, que contou com a presença de um representante do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas Terceirizadas e do presidente da Unika. “Informaram que só liberariam o FGTS e o documento para darmos entrada ao seguro-desemprego junto ao Ministério do Trabalho”, completou.
Logo após o encontro, que reuniu cerca de 50 funcionários no Espaço Pasárgada, uma comissão formada por 11 representantes das gerências da Fundarpe se reuniu com o alto escalão do órgão. “Estavam presentes Marcelino Granja- (secretário de Cultura), Márcia Souto (presidente da Fundarpe) e um representante do setor jurídico”, informou o terceirizado. “O secretário declarou que quem optar por permanecer, vai ser assim, sempre com salário atrasado. Pois precisamos de tempo para conseguir outra empresa”, comentou.
Pouco podendo fazer em face ao pacote de contingência amplamente divulgado pelo governo, o secretário de Cultura informou, através de curto comunicado repassado pela Assessoria de Comunicação, por telefone, que “mantém a luta pela manutenção dos contratos e dos serviços prestados para que não comprometa a gestão.” (Do JC Online)