No dia 09.09.15, os profissionais da administração comemoraram 50 anos de história oficial, uma vez que, em 09.09.1965, o Presidente Castelo Branco e seu Ministro do Trabalho e Previdência Social, Arnaldo Sussekind, assinaram a Lei 4.769 que regulamentou a profissão no Brasil.
Para enfrentar a complexidade que impera nas atividades econômicas, os administradores têm desempenhado papel de destaque. Para os administradores de primeira linha não existe crise, por eles o fenômeno é tratado como “escassez de recursos e o excesso de demanda”.
Nos meios acadêmicos e nas organizações, a esmagadora maioria entende que, para vencer as dificuldades presentes no cotidiano dos administradores, é necessária a aplicação tempestiva de modelos embasados, entre outras, nas seguintes variáveis: qualificação, equilíbrio, foco, atenção aos detalhes e aprendizagem contínua.
Eu, particularmente, na condição de administrador e educador, procuro aplicar a receita “CAPE” que advém de: Coragem, sem a qual nada produzimos além da inércia que tanto prejudica as organizações públicas e privadas; Atitude, única força que moverá o administrador em direção ao êxito; Planejamento, de forma adaptada a cada situação com um plano de ação decisivo. É importante levarmos em consideração o alerta de Sêneca (04 a.C. – 65) “Antes de começar é preciso um plano, e, depois de planejar é preciso execução imediata.” e Ética sabendo que esta última variável não pode ficar restrita ao que achamos que é e sim ao que de fato representa para formação de um universo onde o coletivo esteja acima do individual.
Numa rápida busca em publicações sobre administração encontramos frases sobre o assunto crise que nos encaminha para reflexões profundas. Hugo Teóphilo, gerente sênior na PricewaterhouseCoopers (PwC) – uma das maiores prestadoras de serviços de consultorias no mundo -, deixa-nos as seguintes contribuições: “Período de escassez e de turbulência é tempo de se aplicar, ainda mais devidamente, os princípios da boa administração. É preciso seguir todos os passos que a gestão eficaz exige, mas com um pouco mais de rigidez”. Afirma também o executivo: “Crises são testes e oportunidades de aplicar os fundamentos de gestão para fortalecer o núcleo de competências e vantagens competitivas reais.” Nas duas oportunidades estão presentes as variáveis anteriormente citadas, com destaque para ação tempestiva.
Caso o meu guru Aniceto Elias de Brito tivesse dado audiência para crises e dificuldades, o “Bazar das Miudezas” não teria se transformado em “Borbão” e nem teria saído de imóvel alugado na Travessa Major Antônio César para prédio próprio na Avenida Manoel Borba.
Caso o leitor ou a leitora queira amolar o machado para cortar pelo meio a crise, transformada em tronco de angico pelos que não a enfrentaram, leiam o livro “Abílio – Determinado, ambicioso e polêmico”, de autoria de Cristiane Correa. Com certeza vocês encontrarão algo capaz de transformar o tronco de angico em tronco de bananeira. O segredo, garanto, está nas ferramentas utilizadas. Parabéns aos administradores que não se omitem.
Por: Ademar Rafael