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CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

RAFAELFORA DE CRISE

Por mais que os membros do PC – Partido da Conspiração – digam o contrário afirmamos sem medo de errar que não existe crise que dure eternamente ou que alcance todos os setores da economia.

No Brasil de hoje um setor corre por fora da crise que assusta até os otimistas de plantão. Trata-se do setor de grandes shows com participação de cantores “estourados” como se diz na gíria dos eventos e de grandes nomes do mercado musical.

Na primeira semana de julho durante a EXPOAMA – Exposição Agropecuária de Marabá, a cidade que enfrenta uma crise econômica e financeira sem precedentes, promoveu shows da dupla Zezé de Camargo e Luciano e Wesley Safadão, entre outros.

No mesmo mês, a cidade de São João dos Patos, situada no meio norte do Maranhão patrocinou show de Wesley Safadão com casa cheia e lucros para os organizadores.

Na Exposição do Crato estiveram presentes Wesley Safadão, Ivete Sangalo e Roberto Carlos, isto mesmo, forró “estilizado”, axé e romantismo em um único circuito de shows.

Considerando que os cachês de Wesley Safadão e de Ivete Sangalo estão acima de R$ 500 mil e que onde eles se apresentam é sinônimo de casa cheia e lucros para os promotores dos eventos, temos que reconhecer que a crise está distante desta elite musical. Zezé de Camargo e Luciano, assim como Roberto Carlos, operam numa faixa alta quanto aos respectivos cachês e como os demais aqui citados suas apresentações são assistidas por multidões.

Salutar é sabermos que nossos artistas estão em um universo não alcançado pela crise nacional. Talento e capacidade de mobilização eles têm, aos nomes consagrados somam-se outros e assim a roda gira. Enquanto artistas “estourados” somem outros assumem o lugar, o dinamismo do setor causa inveja a qualquer cadeia produtiva da economia.

Ficar em casa reclamando da crise não tem sido a receita para o publico que lota as praças de eventos pelo Brasil, a diversão faz parte do nosso cotidiano. Mesmo em época de vacas magras não podemos perder uma das nossas melhores características: nosso jeito festeiro.

Uma coisa fica sem resposta. Vários destes eventos são bancados por prefeituras e governos estaduais que gritam com a redução dos repasses da União e a queda de receitas próprias. Como conseguem encontrar recursos para cobertura das despesas? Alguém sabe?

Por: Ademar Rafael


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