Entidades sociais atuantes no Sertão do Pajeú estarão reunidas, neste sábado (1º), para a criação do 1º Fórum Regional de Defesa das Crianças e Adolescentes (Fórum DCA) do Estado de Pernambuco. O espaço pioneiro surge com a proposta de debater e acompanhar a ação do poder público acerca de temas que envolvem os direitos desse público, a exemplo do combate ao trabalho infantil e à exploração sexual. O lançamento acontece a partir das 8h, na Secretaria Municipal de Educação de Tabira, e integra a programação do Seminário sobre os Direitos da Infância e Adolescência, organizado pela Diaconia para celebrar os seus 48 anos de atuação.
Segundo o Disque 100, mais de 42 mil crianças e adolescentes já sofreram, este ano, algum tipo de violação contra os seus direitos. O número corresponde a mais da metade de todas as ligações registradas, entre janeiro e julho, pelo serviço de utilidade pública da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Para o coordenador local da Diaconia, Adilson Viana, a criação do Fórum será fundamental na “busca por avanços e no fortalecimento das organizações que trabalham pela defesa dos direitos das crianças e adolescentes no Pajeú”, afirmou.
Seminário – O evento, que também está sintonizado com aniversário de 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), comemorado em julho, tem como meta sensibilizar Igrejas, Pastorais, associações, sindicatos e organizações parceiras sobre a realidade vivenciada pelas crianças e adolescentes da região. Paralelamente ao lançamento do Fórum, serão oferecidas oficinas educativas (abordando o trabalho infantil) e lúdicas (xilogravura, grafite, biojoias e cordel) para o público infanto-juvenil. As atividades, ministradas na Escola Municipal José Odano Góes Pires, se encerram às 15h, com apresentações culturais e resultados das oficinas, além de comemoração pelo aniversário da Diaconia.
Diaconia – Presente há mais de 30 anos no Sertão do Pajeú, a Diaconia desenvolve projetos em parceria com os movimentos sociais, participando de fóruns e redes para implantação de políticas públicas voltadas à efetivação de direitos humanos, econômicos, sociais, culturais e ambientais. Uma caminhada marcada por muitas lutas e conquistas, principalmente para os agricultores e agricultoras familiares, iniciado com as frentes de emergência durante as secas até a implementação de várias tecnologias de convivência com o Semiárido, incluindo a geração de trabalho e renda com o acesso às feiras agroecológicas. Nas áreas urbanas, a inserção tem se ampliado através de iniciativas de defesa e empoderamento das mulheres, crianças, adolescentes e juventudes.