Antes de ser assassinada, Maria Alice de Arruda Seabra, de 19 anos, foi estuprada pelo padrasto dentro do carro alugado pelo operário de construção civil Gildo da Silva Xavier, 34, assassino confesso da jovem. A confissão foi feita nesta quinta-feira durante depoimento prestado na sede do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) e que está sendo detalhado esta tarde pela delegada Gleide Ângelo, responsável pelas investigações.
Gildo disse ainda que sentia desejo pela enteada desde que ela fez 16 anos e negou ter decepado a mão da vítima.
Depois de cerca de três horas, terminou no início da trade deste quinta-feira, o depoimento do de Com a ouvida, apretendia esgotar dúvidas sobre a maneira e o motivo pelo qual o padrasto assassinou a enteada que ajudou a criar desde os quatro anos de idade.Outro objetivo seria detalhar o crime passo a passo, desde quando ele alugou um carro em Gravatá até o momento em que o corpo foi deixado em um canavial.
As informações prestadas pelo suspeito ainda serão confrontadas com os resultados dos exames feitos no cadáver da vítima e a perícia que será realizada no veículo. O teste será realizado na noite desta sexta-feira utilizando luminol, uma substância que aponta possíveis vestígios de sangue e que poderão indicar se Alice começou a ser agredida ou mesmo morta dentro do carro.
Além disso, uma camisa branca encontrada enrolada na cabeça da vítima, passará por análises no Laboratório de Genética Forense. Com os testes, que terão início esta tarde. será possível indicar se a vítima foi sufocada com ajuda da peça de roupa.Também na tardes desta quinta-feira, os delegados Gleide Ângelo e Nehemias Falcão, falarão sobre as investigações, na sede da especializada, no bairro do Cordeiro, no Recife.
O corpo de Maria Alice foi localizado na tarde desta quarta-feira, sem a mão esquerda, vestido com uma bermuda amarela e uma camiseta vermelha, e o rosto coberto por uma camisa branca. Depois de cinco dias desaparecida, foi encontrada sem vida em um canavial do Engenho Burro Velho, no km 28 da BR-101 Norte, em Itapissuma. O local foi indicado pelo padrasto da jovem.
Agora, resta descobrir porque ele cometeu o crime. Informalmente, Gildo negou ter estuprado a vítima momentos antes do crime, assim como negou tê-la abusado durante a infância e adolescência. A polícia, entretanto, não descarta essa hipótese e trabalha ainda com a possibilidade da jovem ter sido dopada e ter chegado ao canavial inconsciente. Foram solicitados os exames sexológico e toxicológico no corpo.