Artistas, grupos e produtores culturais de todo o Sertão participaram da audiência pública sobre a composição do Conselho Estadual de Política Cultural e do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural, no auditório do Salgueiro Plaza Hotel..
Depois de passar por Recife, no dia 22 de abril, e por Caruaru, em 28 de abril, o secretário de Cultura Marcelino Granja encerrou, em Salgueiro, a etapa de apresentação da proposta do governo de Pernambuco para a eleição de membros da sociedade civil nos dois conselhos.
O secretário explicou que, nos dois casos, a participação entre poder público e sociedade civil deve ser paritária, sendo o Conselho de Política Cultural formado por 40 membros e o de Preservação do Patrimônio Cultural por 14.
Ele apontou, ainda, os segmentos e as áreas que devem estar contempladas nos conselhos, de acordo com as leis estaduais 15.429/2014 e 15.430/2014. Para Marcelino, o objetivo é fortalecer, tanto o aspecto democrático de participação popular quanto o próprio processo de gestão. “Na definição dos segmentos para a composição dos conselhos, fizemos um esforço político para valorizar a cultura popular”.
O prefeito Marcones Libório de Sá e a ex-prefeita, Cleuza Pereira, participaram da audiência.
Libório alertou sobre a necessidade de valorização da figura do vaqueiro e das manifestações culturais ligadas a ele, que vêm sendo esquecidas. Também, chamou a atenção para a importância de garantir a representatividade do frevo e do forró tradicional. “A nossa música genuinamente de raiz tem que ser garantida”.
Além disso, propôs uma cota de 5% para cada uma das macrorregiões do Sertão, Agreste e Zona da Mata, garantindo a participação do interior em condições razoáveis de igualdade com a Região Metropolitana do Recife.
“O Sertão se inscreva no processo eleitoral dos Conselhos, mas se inscreva com vontade. A gente tem que unir todas as cidades do Sertão e estar bem articulado”, estimulou o prefeito Marcones.
Entre outras atribuições, cabe ao Conselho Estadual de Política Cultural aprovar os planos estadual, regionais e setoriais de cultura. Já o Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural tem poder de deliberação sobre tombamentos e aprovação dos planos de proteção, restauração e intervenção de bens culturais, tanto materiais como imateriais.