Dois mil trabalhadores da produção da fábrica da Fiat em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, entraram em férias coletivas a partir desta segunda-feira (11), pela segunda vez em 2015. A informação foi confirmada pela montadora. De acordo com a empresa, a medida pretende “ajustar a produção à demanda de mercado”.o grupo representa cerca de 10% do quadro geral de funcionários da unidade.
Em março deste ano, a fábrica concedeu férias coletivas ao mesmo número de trabalhadores, com a mesma justificativa. O grupo representa cerca de 10% do quadro geral de funcionários da unidade.
Para João Alves de Almeida, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região, a situação é preocupante. “Neste ano já são duas férias coletivas, além de duas paradas técnicas”, ele relata.
Conforme explica o presidente, as suspensões das atividades refletem na negociação salarial. “A empresa diz que está dando férias para não mandar embora. (…) Dificulta a situação do sindicato para negociar”, afirma. Ainda assim, o sindicato acredita numa retomada da economia no segundo semestre deste ano.
Sobre o risco de demissões, a Fiat afirma que, para evitar esta medida, a empresa tem adotado a “flexibilização da produção na fábrica da Fiat em Betim”, o que significa “suspensão de horas extras, ajustes do mix de produtos, paradas técnicas de curta duração e férias coletivas parciais”.
Segundo balanço divulgado pela Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) no início de maio, as vendas de automóveis em abril caíram 25,19% em comparação com o mesmo mês de 2014. Em relação a março de 2015, com 234.670 mil veículos emplacados, houve queda de 6,53%.