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CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

ademarDILMA NÃO LEU

Cinco anos antes da posse de Dilma em seu primeiro mandato a Federação do Comércio do Estado de São Paulo publicou a obra “Simplificando o Brasil – Uma proposta para o crescimento sustentado”. Se por acaso nossa presidente tivesse lido e aplicado algumas sugestões do utópico livro boa parte dos problemas atuais inexistiriam.

Se, com um pouco de vontade política, o governo houvesse aplicado algo do elenco de hipóteses sugeridas e relacionadas com tributação, despesas do governo e sistema financeiro, com certeza teria criado um universo capaz de evitar muitas situações embaraçosas ora vivenciadas pela governante. Contudo, mais uma vez o governo com sua reconhecida arrogância não deu ouvidos ao segundo setor.

As estripulias financeiras que os ministros da fazenda e do planejamento têm lançado mãos e pés nos últimos exercícios fiscais além do descrédito tem levado o país à beira de um precipício em que o um ímã invisível atrai o gigante para o fundo do despenhadeiro. Como evita-los? Está no livro.

O presidente Lula já afirmou em vários momentos que não gosta de ler. Dilma herdou este princípio lulista adicionando outro costume: Não gosta de ouvir. Esta ariscada combinação fomenta a maioria das causas que tem levado a popularidade da presidente para níveis capazes de confortar os Fernandos, antigos mandatários do país e campeões quando o assunto é impopularidade.

Este blog em 05.05.14 procurou ajudar Dilma ao dar algumas pistas de comportamento adequado caso fosse reeleita. A crônica “Eleições 2014 – Dilma”, entre outras coisas sugeriu que a candidata não poderia: “Ficar refém de Lula, do PMDB ou de outro partido.”, “Desqualificar as correntes contrárias ao governo sem avaliar que muita coisa está funcionando em nível abaixo das
expectativas criadas.” e “Pousar de vítima das elites e dos conservadores.”.

Como a gerentona de Lula também não leu o blogdofinfa. Está cada vez mais refém do seu patrono e dos partidos, continua confeitando seu bolo e pousando de vítima. Estes fracassados modelos de governar e se comunicar com a sociedade está jogando por terra os acertos do seu governo e dando relevo aos erros.

Um governante, com ser humano que é e às vezes pensa o contrário, tem o direito de cometer raros erros, no entanto, quando os comete tendo sido avisando sobre os riscos e os sobre outros caminhos a seguir sai do campo da arrogância e da teimosia e ingressa no universo da burrice.

Ninguém tem a receita correta para tudo, mas, as receitas de cada um – quando bem sistematizadas – podem contribuir para solução de impasses que vencem toda ação isolada advinda de pensamento único. Acerta mais na administração quem ouve e ler os seus pares. Ignorar a capacidade dos demais é uma rota que sempre conduz ao insucesso.

Por: Ademar Rafael


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