Técnicos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) começam a trabalhar conjuntamente, nos próximos dias, para viabilizar a implantação de um projeto que aprofunde a relação entre a iniciativa privada e a universidade. A ideia é criar uma estrutura na UFPE para articular a produção de soluções para a indústria e investir na inovação.
A parceria, que envolve também o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), foi acertada durante uma reunião de trabalho, no Recife, com o ministro Armando Monteiro, do MDIC; o reitor da UFPE, Anísio Brasileiro; e o coordenador-geral da representação do MCTI no Nordeste, o ex-reitor da Universidade Amaro Lins. O encontro ocorreu no final de semana e ficou acertado que um grupo de técnicos das três instituições, coordenado pela professora Ana Cristina Fernandes, irá trabalhar nos próximos dias na formatação da unidade, que funcionará dentro da UFPE.
Denominado inicialmente de Unidade de Articulação e Parcerias Estratégicas da UFPE, o projeto está orçado em R$ 2 milhões para os próximos dois anos e tem por objetivo buscar na iniciativa privada projetos que possam ser desenvolvidos pelos professores e alunos nos laboratórios da Universidade.
Na opinião de Armando Monteiro, “a política industrial do país tem que ter a visão do quanto a inovação é importante. Porque a capacidade de as empresas concorrerem e enfrentarem o acirramento da competição em escala global se dará na medida em que elas possam ter uma maior propensão a inovar. E isso só se dá se houver cada vez mais um ambiente de cooperação efetiva entre a universidade e as empresas. Esse projeto é muito interessante porque ele responde à necessidade de articular de forma mais efetiva essa troca de competências entre empresas e Universidade. Essa unidade vai prover soluções para a indústria”.
Entusiasmado com os frutos que o projeto poderá gerar, o reitor Anísio Brasileiro avalia como fundamental essa articulação entre a UFPE e os ministérios. “A ideia é de que possam ser realizados estudos, projetos, que permitam que as demandas oriundas das empresas sejam resolvidas a partir das competências instaladas na Universidade, em áreas importantes como, por exemplo, petróleo, ciência dos materiais e medicamentos. Então é uma unidade que articula projetos entre as empresas e a academia”, ressaltou.
Já a coordenadora do projeto, Ana Cristina Fernandes, avalia que a estrutura montada facilitará a interação entre pesquisadores e empresas: “A Universidade concentra uma competência científica e tecnológica que é necessária para o desenvolvimento do país como um todo. Essa unidade é uma iniciativa para facilitar tanto que os pesquisadores se aproximem das empresas e dos demais segmentos da sociedade, quanto esses segmentos também identifiquem o caminho de chegar à universidade de uma forma mais simples, fácil, ágil e que isso gere retorno para a sociedade”.