O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), continuou, nesta sexta-feira (20), a agenda de encontro com gestores do Estado. Desta vez, a conversa foi com o prefeito de Petrolina, Julio Lóssio (PMDB), que apresentou ao socialista demandas do município sertanejo. O peemedebista integra o mesmo partido que o vice-governador, Raul Henry, e disse acreditar que o correligionário pode ser uma ponte entre o prefeito e o governador.
“Muito, porque Raul é meu amigo, pessoa que admiro pela sua inteligência, capacidade de articulação politica e temas como educação infantil, Ideb são temas caros para Raul e para mim que o governador não só tem interesse em ver isso, mas identificou os pontos fortes e fracos que precisam ser tratados”, afirmou o peemedebista sobre Henry ser um facilitador do diálogo entre os gestores.
Lóssio disse não ter levado questões urgentes para Câmara, pois o socialista está começando o governo.”Não trouxe nada urgente porque sei que o governador tem muita coisa urgente. Ele está começando o Governo, tem muita coisa ainda para fazer seu planejamento. Trago demandas para esse planejamento, para esse planejamento dos quatro anos e eu nos próximos dois anos construir uma agenda de avanços nos vários setores na infraestrutura da cidade, transporte, saúde, educação”, disse o peemedebista após o encontro desta manhã.
Questionado se o encontro não serviria como uma reaproximação do Governo do Estado, já que Lóssio é da ala do PMDB de Michel Temer, vice-presidente da República, e apoiou a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), o prefeito de Petrolina disse não ter distanciamento do governador.
“Eu não diria reaproximação porque não tenho distanciamento com o governador, conheci ele hoje. Não podemos ser oposição a quem nem conhecemos. Diria que tenho relação de muitos anos com Raul, na última campanha fiz a opção de estar ao lado de Temer que esteve ao meu lado em momentos importantes da vida administrativa e política”, disse Lóssio.
“Eu quero poder exercer nossa parceria de maneira mais profícua possível. Claro que hoje não falamos em política, mas temas administrativos. Mas me anima vê-lo focado nisso e digo que vejo que o Brasil passa por momento difícil, questionamento das instituições, discussão de uma pauta sobre corrupção forte e acho que nós, prefeitos e governadores, temos que nos preocupar também com a questão da governabilidade. Não podemos deixar o País se deteriorar, as eleições passaram. Ganhou Dilma, Paulo e é hora da gente dar apoio e trabalhar para consolidar as coisas com os dois”, continuou.
O peemedebista disse não ter nenhuma outra reunião pré-agendada com o governador. No entanto, garantiu que os dois trocaram telefones e, por isso, “vamos poder nos falar mais”. (Blog da Folha)