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CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

RAFAELEXISTEM LUZES NA ESCURIDÃO.

Tenho o hábito de nas viagens de lazer ou de negócios sempre buscar novas informações para agregar valor às atividades que exerço. Como atualmente tenho vínculos com a educação, nos papéis de professor e gestor financeiro, no périplo realizado do início de 2015 pelo nordeste assim procedi.

Desta forma narro o sucesso de Escola Estadual “Tomé Francisco da Silva”, localizada no munícipio de Quixaba, em Pernambuco. A escola iniciou suas atividades em 1962, no vilarejo de Lagoa da Cruz, zona rural do município de Carnaíba a quem pertencia à localidade antes da emancipação ocorrida em 01.10.1991. Seu diretor, Ivan Nunes, está no cargo há mais de dez anos e em
conjunto com a comunidade tem obtido sucesso perene e crescente, materializado nos diversos prêmios alcançados nos últimos anos. Destaques para premiações em competições como as Olimpíadas de Matemática e de Português, índices favoráveis no IDEB, ENEM, IDEPE, Olimpíada de Língua Portuguesa e OBMEP e prêmio de melhor escola do Estado e vice-campeã nacional no Prêmio Referência em Gestão Escolar 2009. Em 2012 a escola concorreu ao Prêmio Gestão Escolar tornando-se ESCOLA REFERÊNCIA BRASIL, ao alcançar o primeiro lugar. Liderança, compromisso, coragem e foco nas ações pedagógicas sintetizam o Projeto da escola.

Em Araripe, Estado do Ceará, um grupo “apaixonado” por um ensino básico que permita ao aluno o acesso a saberes que extrapolem o binômio “ler e escrever” criou, testou e legitimou na terra de Miguel Arraes o SISAMA – Sistema de Acompanhamento de Metas Araripe com o intuito de elevar o nível dos alunos para estágios superiores à média nacional e ofertar um modelo de ensino que, de fato, possa gerar conhecimento aplicável ao cotidiano e despertar nos envolvidos (discentes, docentes e gestores) a necessidade de praticar a educação continuada em sua plenitude.

Nos dois casos o brilho nos olhos das pessoas envolvidas com os processos é que está gerando o ambiente favorável. Os reais beneficiários (alunos e comunidade) jamais receberiam tais benefícios sem a doação destes heróis anônimos. Os fabricantes de “portarias” e de “resoluções” do Ministério da Educação e das Secretarias Estaduais de Educação poderiam deixar seus gabinetes e verificar nos municípios acima que existem luzes na escuridão. Assim descobririam que tais luzes são alimentadas pela energia de pessoas com sentido de missão. Poder, dinheiro e cargos estão em segundo plano.

Nos casos aqui citados tenho total clareza que as ações empreendidas estão dando certo em função da devoção das pessoas envolvidas. As ações estão deslocando as atividades pedagógicas do estágio de obrigação “rotineira” para o patamar de “aventura diária do aprender”, como sugerem Carmem Lúcia Coube Zancaner e Marco Pellegatti, autores do livro “Como estudar melhor”.

Parabéns educadores e alunos, outros prêmios virão vocês merecem.

Por: Ademar Rafael


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