Hão de nos perguntarem o que tem haver entre: o sol, a chuva e os políticos? E na ponta da língua diremos: NADA! Será?
No entanto, com o evento da seca no Sudeste (que mesmo com a escassez de chuvas alcançou produção nos setores do agronegócio) começa o ‘grita-grita’ pela falta de investimento nos barramentos dos rios e construções de represas.
Ora, se os políticos de lá não se voltaram a proporcionar emendas parlamentares para suprirem a falta do precioso líquido no maior celeiro populacional do País, imagina cá, nos grotões e currais eleitorais de políticos que se apresentam como “Coronéis do Chicote”, onde muitos ‘compram’ seus mandatos e poucos se lixam para com o povo nordestino e seu sofrimento.
Mais aqui, especificamente no Alto Sertão do Pajeú(por quem posso falar, pois aqui nasci, milito e vivo), onde o Rei Sol briga com os Urubus, o primeiro secando com rapidez ativa o líquido dos animais que morrem por inanição ou sede. O Segundo, ave que leva a classificação de Ave de Rapina, como se isso fosse um dos males maior. Já os ‘políticos só não fazem chover’ no entanto, até isso prometem e o povo, mesmo com as mãos calejadas, aplaude e se esbaldam em elogios e ainda dizem: “ele é como um Pai pra nós”.
Há muito tempo padeceu Antônio Conselheiro e seus seguidores por lutarem em favor dos seus direitos e de uma sobrevivência digna, inclusive, com direito a água para consumo e produção. Em 22 de setembro de 1897 silenciaram a voz do ‘peregrino’, como se denominava.
Pois bem, o problema de lá(Sudeste) difere do nosso(Alto Sertão do Pajeú) em alguns itens, nos demais, está, sim, ligado ao sol, a chuva e os políticos.
Joel Gomes – Tuparetama-PE