Após descartar a suspeita de ebola, a Secretaria de Saúde de Caruaru, no Agreste, informou que os dois testes para malária feitos por Geraldo Venceslau de Souza, de 44 anos, nesta terça (11), deram negativo. O paciente deixou a Policlínica do Vassoural em direção ao Hospital Oswaldo Cruz, no Recife, por volta das 15h. Na capital, será feita a análise de doenças infectocontagiosas que podem ter acometido o pernambucano que trabalha como encarregado de obras na Guiné Equatorial, na África, país considerado livre da infestação do vírus ebola.
De acordo com os familiares, Geraldo teria passado mal durante a madrugada, foi levado para duas unidades de saúde de Caruaru, mas não obteve atendimento. Na Policlínica do Salgado, era horário de troca de plantão e a família não quis esperar, na UPA do estado, havia muita fila. Somente ao chegar à Policlínica do Vassoural, ele recebeu atendimento.
Seguindo o protocolo para doenças infectocontagiosas e suspeita de ebola, o centro médico foi evacuado. Ficaram 24 funcionários e apenas três, com roupas de proteção especial, tiveram contato com o paciente: o especialista, um enfermeiro e um auxiliar de limpeza. Após a saída, a policlínica passa por um serviço de desintoxicação e deve ser liberada para atendimento ao público por volta das 18h30. A unidade é 24 horas.
Ainda nesta terça, Geraldo Venceslau fez um teste rápido para malária, que deu negativo, e um mais específico. O resultado, que saiu quatro horas depois, também deu negativo. O paciente tem dois filhos, Deivid Rodrigo de Souza, 22, e um garoto de 13 anos. Segundo o primogênito, o pai já teve malária anteriormente e costuma vir ao Brasil de três em três meses para passar 15 dias. O paciente chegou na última terça (4) ao Rio de Janeiro e só foi para Caruaru na quarta (5).
Para tranquilizar a sociedade, a Secretaria de Saúde do município emitiu nota oficial sobre o caso: “A Secretaria de Saúde de Caruaru já entrou em contato com o Governo do Estado e está sendo encaminhado um exame do paciente brasileiro, procedente da Guiné Equatorial, que não é considerada área de infestação do virus ebola. A hipótese mais provável é que o paciente está acometido de malária. Será feito um teste, ainda hoje, para definir o diagnóstico. O procedimento está sendo orientado por infectologista especializado da Secretaria Estadual de Saúde. Não há qualquer motivo para pânico. Todas as providências técnicas e preventivas estão sendo tomadas. Em breve, a Secretaria Municipal de Saúde voltará a informar ao povo de Caruaru e região”.
