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OPINIÃO DO PERNINHA

Quanto menos demorar, melhor
O ano de 2014 não acabou e o de 2015 já começou para a presidente Dilma. Em menos de dois meses ela terá que consertar estragos econômicos e políticos dos últimos meses, enquanto monta o seu gigante ministério. Terá que aprovar a nova meta fiscal, porque a deste ano não Será cumprida, enquanto negocia a aprovação do Orçamento para o ano que vem.
Se levarmos em consideração o final de uma legislatura, com alguns políticos da base rebelados porque perderam mandatos, e outros fingindo desagrado para ganhar recompensas, haveremos de concluir que a herança que o segundo governo Dilma receberá é mais complicada do que parece, pelo menos no campo da economia, em que o país se debate com inflação em alta e crescimento em baixa.
 Vistos assim do alto, esses dois resultados não parecem dizer quase nada às pessoas que, nos últimos anos, tiveram alguma melhora em relação às péssimas condições de vida que enfrentavam. Foi o crescimento de anos anteriores a 2009 (crise mundial) que garantiu o aumento dos empregos na economia brasileira. E deveu-se à relativa estabilidade da moeda o aumento continuado da renda e, principalmente, do poder de compra dos salários. Por isso mesmo, é preocupante a constatação do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada de que, entre 2012 e 2013, a miséria, caracterizada pela condição de sobrevivência com apenas R$ 70 por mês, aumentou no país, depois de pelo menos oito anos consecutivos de queda. O percentual do aumento (3,6% da população para 4,0%) pode parecer inexpressivo.
Ante a urgência de inverter essa situação, chega a ser assustadora a afirmação por uma autoridade monetária de que não há previsão de convergência da inflação para a meta de 4,5% ao ano antes de 2016. Foi o que ficou bem claro na ata da última reunião do(COPOM) – Conselho de Política Monetária,, quando foi decidida a elevação da taxa básica de juros de 11% para 11,25% ao ano. Não é à toa que a maioria dos especialistas aposta em mais dois aumentos de 0,25% em dezembro e em janeiro, de modo a preparar o controle da inflação para o impacto do inadiável fim de imbróglios varridos para debaixo do tapete de 2015.
A questão do desequilíbrio nas contas públicas não esconde nenhum segredo. A prática dos gastos crescentes sem aumento igual de receitas conduz o país, primeiro, ao endividamento e, depois, ao precipício, levando consigo os programas sociais, que ficarão sem financiamento. Sabemos que tempos difíceis virão e muito precisa ser feito. Mas, quem tem consciência mesmo do que estamos afirmando, é a presidente eleita e o melhor que ela tem a fazer é apressar o passo dando prioridade a tudo que se relaciona com a condução da economia, promovendo os ajustes necessários, sob pena de “ a vaca ir pro brejo com chocalho e tudo”.

Por: Danizete Siqueira de Lima


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