O senador Humberto Costa é um dos quadros mais qualificados do PT pernambucano e também do PT nacional. Ao longo da sua vida pública colecionou derrotas eleitorais tendo perdido todas as disputas majoritárias que disputou até 2010 quando acabou eleito senador, mas ficou no segundo lugar quando naquela eleição elegia dois senadores.
Humberto chegou em 2011 ao Senado amparado por milhões de votos dos pernambucanos e foi se constituindo num excelente senador, galgando passos na vida pública que o tornavam um influente político nacional. Até cair na besteira de se candidatar a prefeito do Recife naquele processo extremamente desgastante que tirou de João da Costa o direito de disputar a reeleição e deu a Humberto mais uma derrota majoritária para sua coleção.
Após o fiasco na disputa pela PCR Humberto voltou a planície política, ficando assim até a vitória de Dilma Rousseff em outubro no segundo turno. A partir daquele momento, Humberto voltava a ganhar sobrevida política como líder do PT no Senado.
Até que veio a denúncia do seu envolvimento com Paulo Roberto Costa, que afirmou que o senador recebeu R$ 1 milhão oriundos do esquema de corrupção da Petrobras. Independentemente de ser culpado ou inocente, o fato político arranhou a imagem de Humberto. O desgaste está novamente feito, igualmente ao caso da Máfia dos Vampiros e dos Sanguessugas que tirou de Humberto em 2006 o governo de Pernambuco.
Novamente Humberto vê seu prestígio político se esvair por denúncias de corrupção, colocando em xeque a sua chance de dar a volta por cima e realmente se constituir numa forte liderança política local e nacional.
Pra completar, com a ida de Armando Monteiro para o ministério do Desenvolvimento, Humberto perde o protagonismo da interlocução de Pernambuco com a presidente Dilma Rousseff.
Obviamente Armando ocupando um cargo executivo se torna o principal interlocutor da presidente e mais uma vez Humberto segue o seu calvário.
Por: Edmar Lyra