O delegado Wagner Domingues, do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) foi designado para investigar o assassinato do vocalista da banda Patusco, Dyelson Lima (foto), de 25 anos. O corpo, sem documentos e com uma perfuração à bala na altura da nuca, foi localizado no início da manhã desta terça-feira, em uma área de mata, na Estrada dos Macacos, no bairro de Dois Irmãos, zona norte do Recife.
Os sinais são de crime de execução. De acordo com a polícia, acredita-se que o assassino teria tentado, sem sucesso, rolar o cadáver por uma ribanceira, para dificultar a localização. No local do crime foi encontrado um papelote com uma substância que pode ser crack. A esposa da vítima, Juliana Isabela Macedo, nega que o marido fosse usuário de drogas, mas a hipótese de ligação com o tráfico está sendo investigada. O celta preto que a vítima dirigia quando desapareceu e a carteira do músico ainda não foram encontrados.
O Grupo Carnavalesco Patusco se pronunciou sobre a perda por meio de uma nota: “Querido por todos, Dyelson deixa uma lacuna no samba pernambucano, que perde um jovem brilhante, sonhador e carismático. Solidarizamo-nos com todos os familiares, amigos e fãs nesse momento difícil e de insuportável dor. Somente Deus para confortar a todos nós. Acreditamos no bom trabalho dos órgãos competentes para esclarecer esta morte trágica”, diz o texto, assinado pelo empresário da banda,
Morador da Ilha do Maruim, em Olinda, Dyelson entrou no grupo Patusco ainda criança, por meio do projeto Patusquinho, trabalho social que realiza oficinas de percussão para jovens e crianças moradores das comunidades vizinhas. Durante o projeto, ele aprendeu a cantar e tocar instrumentos e há dez anos era um dos vocalistas principais do grupo.
