A Rede Sustentabilidade vai recomendar ao seu grupo político e filiados o voto em Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência da República, o voto branco ou nulo, de acordo com Walter Feldman, porta-voz do partido. O diretório nacional da Rede se reuniu no início da noite desta quarta-feira (8) em São Paulo para tomar uma posição em relação ao segundo turno das eleições presidenciais.
Ao menos 120 integrantes do diretório, distribuídas em 80 localidades distintas do país, debateram o assunto por meio de teleconferência. A reunião que decidiu o rumo do partido nas eleições terminou no início da madrugada desta quinta (9), à 0h10.
De acordo com o porta-voz, é consenso não apoiar Dilma Rousseff, candidata do PT à reeleição, no segundo turno. “A síntese é que a mudança simboliza hoje o voto em Aécio, em branco ou voto nulo. Seriam as três posições que a Rede considera adequada ao processo de mudança que o Brasil precisa realizar”, afirmou.
A recomendação do voto no tucano não significa, no entanto, que a Rede Sustentabilidade irá aderir ao programa de governo do PSDB. “Não a Dilma, mas sim ao Aécio, mas com os pontos que destacamos. Neste documento que a Rede vai apresentar vai estar muito claro as questões programáticas que o partido acredita que devem ser debatidas pelos candidatos no segundo turno”, afirmou Feldman.
Independentemente da posição da Rede, a candidata Marina Silva só deverá anunciar a sua posição oficial, em relação ao segundo turno das eleições, nesta quinta, segundo Feldman. “A Marina espera oficialmente que os partidos coligados apresentem as suas posições para só então se pronunciar”, explicou.
Feldman disse que a visita de Marina a Fernando Henrique Cardoso, um dos principais líderes do PSDB, nesta quarta foi uma “cortesia”. “Não estava presente, então, não sei qual foi a conversa deles”, desconversou Feldman, sobre o encontro dos dois políticos. No dia da votação, no último domingo (5), Fernando Henrique Cardoso chegou a afirmar a jornalistas que gostaria de contar com o apoio de Marina caso o presidenciável tucano fosse para o segundo turno com Dilma Rousseff. (Do G1 São Paulo)