O PSB anunciou nesta quarta-feira (8), após reunião da Executiva do partido em Brasília, a aprovação do apoio ao candidato do PSDB, Aécio Neves, no segundo turno das eleições.
De 29 integrantes da Executiva que compareceram à reunião, 21 votaram pelo apoio a Aécio, sete pela neutralidade e um pelo apoio a Dilma Rousseff (PT), informou a assessoria do partido. Às 18h43, Aécio Neves chegou à sede do PSB para receber o apoio pessoalmente.
Embora tenha aprovado o apoio a Aécio, o PSB decidiu que dois diretórios estaduais não precisam seguir a decisão da cúpula nacional. Um desses casos é a Paraíba, onde o candidato a governador do PSB, Ricardo Coutinho, enfrentará no segundo turno o tucano Cássio Cunha Lima. O outro é o Amapá, onde o PT integra a coligação que apoia a candidatura a governador de Camilo Capiberibe (PSB).
A ex-senadora Marina Silva, que disputou a Presidência como candidata do PSB e terminou o primeiro turno em terceiro lugar, só deverá declarar publicamente seu posicionamento nesta quinta (9), após encontro com as lideranças dos demais partidos da coligação. O apoio de Marina Silva deve ser condicionado à inclusão no programa de governo de Aécio de alguns pontos, como o fim da reeleição para presidente e ações de sustentabilidade.
O vice de Marina, deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS), já havia manifestado apoio ao tucano antes mesmo da reunião da Executiva do partido.
Aliado histórico do PT, o PSB rompeu com o governo Dilma Rousseff no ano passado. Marina Silva acusou a rival petista de ter feito no primeiro turno uma campanha baseada em “mentiras”.
“Ver defeitos nos outros é um costume do PT. Sua conduta na campanha no primeiro turno foi uma conduta lacerdista de esquerda, que só soube nos ofender, mentir e nos caluniar desde o início”, disse Beto Albuquerque antes da reunião da Executiva. Como não faz parte da Executiva, Marina não foi ao encontro, embora tenha sido convidada. (Do G1, em Brasília)