2016 começou domingo – Parte 2
A União pelo Povo em Afogados da Ingazeira, mesmo tendo o PSDB de Aécio Neves como referência, este ano foi de Dilma. Assim como foi de Armando e João Paulo. Com isso compôs com o PT e até com gente da base do governo José Patriota, o vereador Cícero Miguel. Recebeu ainda os vereadores Vicentinho, Renon de Ninô, e Zé Negão, assumindo este último um posto de comando, visto ter sido o coordenador regional da campanha de Armando Monteiro a governador.
Na proporcional, a maioria foi de Zeca Cavalcanti pra federal e Júlio Cavalcanti pra estadual. O PT foi de Pedro Eugenio federal e Manoel Santos estadual.
Como oposição local, a turma que apoio os irmãos de Arcoverde, cumpriu o papel e demarcou as segundas colocações nas votações proporcionais. Júlio Cavalcanti obteve 3.510 votos e, se por um lado, ficou distante de Anchieta Patriota, por outro, equivaleu à soma dos votos de Aline Mariano e Waldemar Borges, outros dois referenciais opositores.
Zeca atingiu 4.305 votos, marca distante da de Gonzaga Patriota, mas comemorável se levar-se em conta que neste caso a Frente Popular deu carga total para federal. Júlio e Zeca se elegeram.
Já o PT teve por mérito a união em torno de uma mesma chapa proporcional. Os resultados, se não foram tão expressivos no comparativo com os concorrentes, mostram ascendência em relação aos próprios candidatos em eleições anteriores. Além do partido, os dois candidatos tem inserção sindical e a soma dessas forças deu a Manoel Santos 687 votos no município – em 2010 foram 466 votos – e a Pedro Eugênio 753 votos – em 2010 foram 382. Manoel cresceu menos, mas garantiu a
reeleição. Pedro cresceu mais, mas não se reelegeu.
E o saldo? O grupo já não é o mesmo desde domingo à noite. As razões que o uniu para 2014 não o sustentam para 2016. Mais que isso, Armando e João Paulo perderam. Dilma foi para segundo turno, mas, para efeitos municipais, o Plano A era uma vitória de Armando.
Alexandre Morais – Jornalista