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CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

SEM CULPA
Encerradas as eleições de 2014 e apurados os resultados existe um “ser” que não poderá ser acusado de nada: O eleitor.
Neste pleito a matéria prima colocada à disposição do eleitorado foi de baixíssima qualidade, com tais produtos nada de bom poderá ser produzido. 
Quem for eleito para presidente terá que superar não somente a famosa “herança maldita”, dela mesmo no caso de vitória de Dilma e da antecessora se o vencedor for Aécio. Sofrerá muito mais para domar a péssima safra de governadores eleitos e o mais conservador congresso de todo ocidente.
O sistema político brasileiro está tão falido quanto os Estados e Municípios. Para criar ambiente favorável quem assumir o cargo maior da nação deverá promover uma ampla reforma política e administrativa, de preferência concomitantemente e nos primeiros meses do mandato. Como? O problema será dele e dos aliados. O preço? Prefiro não comentar.
Enquanto continuarmos com este sistema eleitoral viciado, manipulado e que privilegia “enganadores eternos” e grupo de vampiros que sugam o sangue da nação é impossível sonhar com dias melhores.
Sem um projeto de país e um pacto federativo sem esmolas aos Estados e Municípios seremos um território governado por oportunistas e um povo refém de bolsas, cotas e outros adereços populistas.
Existe solução? Claro que sim, passa pela profissionalização das máquinas da União, dos Estados e dos Municípios, pela formação de alianças estratégicas com as academias e pelo reforço de escolas profissionalizantes na área de gestão pública.
Isto leva tempo e alguém precisa dar o ponta pé inicial, difícil é encontrar governante com esta visão. Para os maus políticos a dependência atual é o melhor dos mundos. Estadistas não foram disponibilizados para os eleitores, sem eles continuaremos ouvindo a mesma cantiga: Promessas infundados durante a campanha e desculpas depois de eleito.
Na mesa principal das nações desenvolvidas e humanizadas por varias vezes já colocaram uma cadeira para o Brasil, nunca conseguimos entrar no ambiente, sentar à mesa nem pensar.
Saímos do terceiro mundo, não ingressamos no segundo o podemos cair para o quarto. Esta é a realidade. Quando damos um passo no social voltamos vinte na escala do desenvolvimento, bancamos um ócio nada criativo.
A única certeza é que em 2018 novos salvadores aparecerão, que naquela oportunidade venha algo melhor, 2014 a chance foi ZERO.
Por: Ademar Rafael

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