O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, comentou neste domingo (19) o fato de a presidente Dilma Rousseff ter admitido que houve desvio de dinheiro da Petrobras por meio de esquema de corrupção. Para Aécio, a fala da presidente foi uma “evolução”. Ele disse, no entanto, que ainda faltam ser tomadas providências sobre o suposto esquema na estatal.
No sábado (18), Dilma comentou as denúncias na Petrobras. Ela lembrou que já pediu ao Ministério Público a transcrição dos depoimento do ex-diretor de Refino e Abastecimento Paulo Roberto Costa, que firmou acordo de delação premiada ter a pena reduzida em troca de passar informações sobre o suposto esquema. Dilma disse que fará o possível para “ressarcir o país”. Se houve desvio de dinheiro publico, nós queremos ele de volta. Se houve [desvio], não. Houve, viu?”, declarou Dilma na ocasião.
Aécio falou sobre a declaração da presidente em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, antes de participar de uma carreata por Copacabana.
“Vejo evolução nesse fato dela admitir. Quando houve o pedido da CPI da Petrobras, o PT disse que era um factoide, e os fatos estão aí. Mas as providências ainda não foram tomadas”, disse o candidato.
Aécio também criticou o tom dos recentes debates na TV com a presidente Dilma. Para ele, as discussões devem ser em torno de propostas. Aécio e Dilma vêm trocando ataques cada vez mais intensamente nesta reta final de campanha.
“Faço um convite para debater propostas. É preciso uma briga de ideias, e não de pessoas. Vamos mostrar como superar indicadores sociais, melhorar os índices da indústria, entre outros aspectos”.
Entre os apoiadores de Aécio, que acompanharam o candidato em Copacabana, estavam o senador eleito em São Paulo, José Serra, o candidato a vice na chapa de Pezão ao governo do Rio, Francisco Dornelles, o técnico de vôlei Bernardinho, o presidente do PPS, Roberto Freire, e o ex-jogador Ronaldo.