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PAULO SAI EM DEFESA DE EDUARDO: “É UMA SORDIDEZ”

No dia seguinte à publicação de reportagem da revista Veja envolvendo o nome do ex-governador Eduardo Campos no escândalo da Petrobras, o candidato ao Governo do Estado pela Frente Popular, Paulo Câmara (PSB), afilhado político do líder socialista, faz um duro ataque aos “adversários” que tentam “ferir a honra de Eduardo” morto no mês passado. “A inclusão do nome de Eduardo Campos nos desmandos promovidos pelo PT na gestão da Petrobras é um exemplo dessa sordidez”, disse, através de nota divulgada ontem pela sua assessoria de imprensa. 
No texto, o candidato não nomeia quem seriam adversários no Estado e em nível nacional que estariam fazendo ilações contra Eduardo. Porém, destaca a existência de “desmandos promovidos pelo PT na gestão da Petrobrás”, fatos que ainda estão sendo apurados através de investigação da Polícia Federal e Ministério Público. A reportagem da Veja trazia informações atribuídas ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, mas não foram apresentados documentos.
Amigo pessoal do ex-governador, Paulo Câmara classifica como sordidez o ato de “atacar uma pessoa que não pode se defender”. “Eduardo não está aqui para rebater essa agressão. Mas nós, sua família, amigos e o povo de Pernambuco, vamos defendê-lo”, avisa. Ele ainda considera que qualquer tentativa de ferir a honra do seu padrinho político será combatida por todos os “meios legais”. “Esse é um dos seus legados. Como afirmou a Direção Nacional do PSB, não há acusação digna de honesta consideração. Há, apenas, malícia”, conclui.
Segundo a revista, o nome do ex-governador teria aparecido ao lado de outros dois governadores, seis senadores, um ministro de Estado e, pelo menos, 25 deputados federais no depoimento à PF do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, preso em junho. Entre eles, Roseana Sarney (governadora do Maranhão, do PMDB), Sérgio Cabral (ex-governador do Rio de Janeiro, do PMDB), Renan Calheiros (presidente do Senado, do PMDB), Henrique Alves (presidente da Câmara Federal, do PMDB), Edson Lobão (ministro de Minas e Energia, do PMDB). Além do PSB e PMDB, maior partido da base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT), também são citados políticos filiados ao próprio PT e ao PP. 
O esquema de desvio de dinheiro, segundo a revista, teria ocorrido entre 2004 e 2012. Os políticos apontados na delação premiada teriam, ainda de acordo com Veja, tirado proveito de parte do dinheiro desviado de contratos com a estatal.

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