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HOTEL EM BRASÍLIA É ESVAZIADO APÓS HOMEM FAZER FUNCIONÁRIO REFÉM

Um hotel no centro de Brasília foi esvaziado no início da manhã desta segunda-feira (29) depois que um homem algemou um funcionário e o vestiu supostamente com um colete com dinamites. De acordo com testemunhas, ele fez o check-in por volta das 7h30. Às 8h, subiu para o 13º andar e bateu de quarto em quarto mandando os hóspedes descerem e informando que se tratava de uma ação terrorista.

Agentes do Corpo de Bombeiros e das polícias Civil e Militar isolaram a área e terminaram de retirar os cerca de 300 hóspedes. Até as 10h40, o sequestrador havia levado o refém cinco vezes até a sacada do hotel. O refém estava algemado, e o sequestrador armado com uma pistola.

Um publicitário de Ribeirão Preto (SP) que está no DF a trabalho conta que foi abordado pelo homem às 8h40. “Ele bateu na porta do meu quarto e mandou juntar todas as coisas e descer. Estava armado e com o mensageiro já algemado, cheio de bombas no corpo”, diz.

Segundo o publicitário, que não quis se identificar, o homem passou em todos os quartos mandandos os hóspedes descerem. O publicitário desconfiou que fosse um assalto.

“Depois, enquanto eu terminava de juntar as coisas, ele voltou no meu quarto e disse que não era roubo nem nada, era terrorismo. Que ele não estava brincando”, concluiu.

O delegado Marcelo Fernandes disse que o homem já foi identificado, mas não revelou o nome dele. De acordo com Fernandes, o homem já teve um cargo eletivo no Tocantins, mas ele também não revelou quando nem qual era o cargo.

Apesar de manter o mensageiro do hotel refém, o delegado afirmou que o homem não tem uma “postura agressiva” com ele. O delegado disse ainda que todas as falas do homem têm relação com política. Ele pede, entre outras coisas, “a queda da Dilma”, disse Fernandes. A interlocução com o sequestrador é feita por três negociadores da polícia.

Curiosos se aglomeravam debaixo do bloco do prédio dos Correios, em frente ao hotel. Eles reclamavam da falta de informações. Hóspedes também diziam que não sabiam quando poderiam buscar as malas.

Hóspede de um hotel vizinho, um homem que não quis se identificar disse que soube do sequestro enquanto tomava café da manhã. “Eu achei bizarro, isso é bizarro. Vim aqui e vejo isso. Não dá para acreditar.”


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