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CRÔNICA DO ADEMAR RAFAEL

Sem preconceito
Por falta de estrutura nas escolas, carências de habilidades em grande parte dos professores e outras variáveis a inclusão social e escolar de alunos com necessidades especiais nas escolas regulares, não obstante as propostas indicadas no Plano Nacional de Educação – PNE 2011/2020, caminha ao passo de tartaruga nas escolas públicas e privadas. Existem raras exceções que poderiam ser copiadas, mas, o individualismo impede.
Na prática alunos com necessidades educacionais especiais permanecem isoladas no universo escolar e a inserção pretendida não acontece como deveria, apesar da vontade de verdadeiros heróis que operam os sistemas disponíveis com garra e devoção.
No entanto, Maurício de Sousa o criador da “Turma da Mônica” que no início dos anos 80 desafiou o poder dos editores das revistas em quadrinhos de turma “Walt Disney” e materializou o sonho de fazer gibis com a cara do Brasil deu a senha. As histórias em quadrinhos criadas por Richard Outcault em 1895 e trazidas para nosso Brasil, em outubro de 1905, pelo jornalista Luís Bartolomeu de Souza e Silva pelas mãos de Maurício de Sousa realizou o que a escola brasileira não conseguiu.
Em 2004 o “pai da Mônica”, em homenagem a Dorina Nowill criou Dorinha um personagem com deficiência visual que conquistou a “Turma da Mônica” e os leitores, suas roupas fashion, seus óculos escuros, sua bengala e o cão guia Radar ajudaram.
Também em 2004 foi criado Luca, primeiro cadeirante da “Turminha”, que na condição de amante de basquete provou que apesar da deficiência é possível a convivência interativa, outro sucesso. Os apelidos “Da roda” e “Paralaminha” derivaram da sua adoração por Herbert Vianna, do Paralamas do Sucesso.
Na época da comemoração dos 50 anos da descoberta da Síndrome de Down, em 2009, foi a vez de Tati uma menina com a Síndrome. Na escola Tati encontrou a realidade vivenciada pelos alunos detentores de Trissomia do Cromossoma 21 no mundo real: Pouca informação e isolamento.
Finalmente, também em 2009, foi criado o personagem André, um menino autista. A disfunção que afeta a capacidade de comunicação, de socialização e de comportamento não foi barreira para que André fosse bem recebido pela “Turminha” e desenvolver fantásticas habilidades no aprendizado.
Seria bom que déssemos asas a teoria que a “vida copia a arte” e tirássemos das histórias da “Turma da Mônica” ensinamentos capazes de gerar a inclusão social e escolar inserida no documento do Ministério da Educação para alunos especiais.
Por:Ademar Rafael

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