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CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

O novo faz medo?
Diferente do oriente, onde a tradição e a experiência são preservadas sem prejuízo ao futuro, temos no Brasil uma atração fatal pelo “novo”.Foi assim na festejada Independência do Brasil. Deixamos de ser uma colônia de segunda classe para ser uma monarquia de quarta categoria. Fomos governados por um jovem irresponsável e um menino, época de muitas trações e conspirações. Laurentino Gomes conta quase tudo no livro “1822”.
Depois de 1889 com a Proclamação da República, sob os ventos do positivismo de Auguste Comte, entramos na nefasta política do café com leite, época que o Brasil ficou limitado aos Estados do Rio de Janeiro por ser a Capital Federal, São Paulo e Minas Gerais por ter os “donos do poder”. Os descaminhos são relatados também por Laurentino Gomes em publicação cujo título é o ano da Proclamação.
Nos anos 30, Getúlio Vargas apresentou a República Nova e posteriormente o Estado Novo, nome bonito para uma ditadura. Censura, prisões e outros acessórios foram utilizados pelo caudilho.
Em 1964, nova redenção. A revolução jogou o país numa vala escura. Nossa geração pagou a conta. Fomos impedidos de tudo e mais alguma coisa.
Chegamos a Nova República de Tancredo Neves em 1985. Com a morte do presidente eleito no Colégio Eleitoral ganhamos de presente José Sarney, vários planos econômicos sem êxito algum e uma moratória. Para não ser ruim por inteiro nos deu a Constituição Cidadã que mesmo com defeitos devolveu direitos antes surrupiados.
Com eleição de 1989 o Caçador de Marajás Fernando Collor prometeu novo modelo de gestão. O resultado foi a cassação do seu mando em 1992, a posse de Itamar, o Plano Real e a eleição do Príncipe FHC.
O PT firmou compromisso com o “novo” e entregou o “velho” em embalagem de papel reciclado no lixo da política movida por acordos impublicáveis. Nunca na história do Brasil as notícias da política frequentaram as páginas policiais com tanta intensidade.
Agora Marina Silva acena com a “Nova Política”. O que será isto? Um novo engodo, uma nova roupagem ou verdadeiramente um modelo capaz e rasgar a “estória” do Brasil, país em que novo somente causa danos.Caso eleita a acreana apresentará ao povo brasileiro, depois de 01.01.2015 o que é esta tal de “Nova Política”. Rezemos com fé.^
Por: Ademar Rafael

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