O candidato a governador Armando Monteiro (PTB) teve um encontro com representantes de religiões de matriz africana nesta quarta-feira (17). A agenda ocorreu no terreiro Santa Bárbara Nação Xambá, em Olinda, sendo recepcionado pelo babalorixá Ivo de Xambá. Os candidatos Paulo Rubem Santiago (PDT/vice) e João Paulo (PT/Senado) também acompanharam a visita. O petebista ouviu as demandas do segmento para a promoção de políticas sociais. Na ocasião, o terreiro de Xambá apresentou uma carta aberta com dez propostas em benefício das comunidades afro-pernambucanas.
Entre as propostas da carta aberta, está o cumprimento da Lei 10.639/03, que inclui na matriz curricular nacional a obrigatoriedade do tema “História e Cultura Afro-Brasileira”. Para o babalorixá Ivo de Xambá, é preciso promover uma adaptação da legislação para atender à realidade da rede estadual de ensino. “Queremos a estadualização da legislação”, colocou.
Atendendo ao pedido, Armando ressaltou que o seu governo vai defender a pluralidade no ensino religioso na rede estadual de ensino. “É preciso que a gente ensine a história das religiões aos nossos alunos. Dessa forma, os jovens vão poder ter contato com os elementos vivos dessas matrizes religiosas”, ponderou. O petebista também prometeu abrir um canal de interlocução com os terreiros. “Meu governo sempre estará à disposição de vocês”, garantiu.
Outro ponto da pauta é instituir um capelão de religião de matriz africana no âmbito da corporação da Polícia Militar (PM). O objetivo é pregar uma política de respeito aos seguidores das seitas e combater à violência e o preconceito. A reivindicação também cobra uma atenção especial às comunidades quilombolas, visando a valorização da educação e cultura afro.
Em sua visita ao terreiro, Ivo de Xambá apresentou as estruturas e atividades desenvolvidas pela entidade a Armando, Paulo Rubem e João Paulo. O babalorixá, na ocasião, ressaltou que Armando, Paulo Rubem e João Paulo foram os únicos candidatos majoritários a visitar o terreiro durante o período eleitoral. “Essa postura denota uma atenção com os interesses da população afro-brasileira”, ressaltou o babalorixá. “Um governo é forte quando fortalece os fracos”, acrescentou.