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CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

Esquina do Brasil I – Porto Velho
A cidade de Porto Velho, capital de Rondônia, fundada há um pouco mais de 100 anos é uma cidade com várias particularidades e muitos encantos. Nesta crônica vamos demostrar que existe, na região, um Brasil que merece ser desvendado e de onde poderemos extrair belas lições.
O complexo formado às margens do majestoso Rio Madeira representado por várias construções antigas e pelo museu da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré narra a história de um investimento que custou muitas vidas, altos custo para o tesouro e que deixou uma obra inacabada e com pouca serventia, a cara do Brasil.
O mercado de produtos regionais e ervas medicinal assim como as ruas em volta comprovam a importância dos rios na formação das cidades da região amazônica, tudo ou quase tudo gira em torno deles.
Porto Velho é uma cidade com vários sotaques e passa atualmente por alto índice de crescimento econômico, principalmente em função da Usina Hidroelétrica de Jirau. Sua população é composta de descendentes dos imigrantes das demais regiões do país que vieram para região no período da fundação e durante a expansão ocorrida na construção da rodovia Cuiabá-Porto Velho-Rio Branco, obra iniciada por JK nos anos 60 e asfaltada somente no início da década de 80.
No entanto quero registrar dois fatos positivos que ocorreram no curto espaço de tempo (25/28.07.14) que estive na capital dos rondonienses, tirem suas conclusões caros leitores. 
Em virtude ter antecipado em três horas o horário da chegada, na recepção do hotel fui autorizado entrar no apartamento uma vez que o funcionário, de forma não convencional afirmou: “Pode subir para o quarto reservado que darei entrada no horário marcado”. Este tipo de atenção para com os clientes é raro, normalmente o hóspede fica na recepção esperando o horário, foi gratificante o atendimento recebido.
Peguei um coletivo e pedi para avisar no ponto próximo do Shopping. Ao chegar ao final de linha a cobradora descobriu que eu não havia descido e prontamente disse: “Espere um pouco que na volta eu aviso”. Para minha surpresa o motorista colocou-me em outro ônibus, pela porta da frente e avisou ao colega que desse o alerta no ponto por mim solicitado. 
Pela forma que fui tratado nas duas situações minha passagem pela “Pérola do Madeira” ganhou um contorno especial. O cidadão foi reconhecido como tal, os valores pecuniários envolvidos viraram detalhes insignificantes. Estas lições poderiam ser utilizadas por prestadores de serviços similares no Brasil que se julga superior.
Por: Ademar Rafael

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